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Vídeo do Boko Haram mostra várias supostas “raparigas de Chibok”

Um vídeo enviado pelo grupo jihadista Boko Haram às autoridades nigerianas mostra várias menores que poderiam pertencer ao grupo de 200 raparigas sequestradas da cidade de Chibok, delito que aconteceu há dois anos.

Três das mães das estudantes sequestradas desta cidade do norte da Nigéria afirmaram ter identificado as suas filhas neste vídeo, no que poderia ser a primeira imagem das raparigas desde maio de 2014, quando o Boko Haram divulgou outra filmagem, informaram média locais.

As autoridades locais advertiram que é necessário realizar mais identificações, já que no passado os radicais deram pistas falsas que não permitiram conhecer o paradeiro ou resgatar as sequestradas até ao momento.

O vídeo foi realizado pelos terroristas em Dezembro e enviado ao Governo de Borno, um dos estados nigerianos mais atingidos pelas acções do Boko Haram. Um grupo de 15 adolescentes, vestidas com um chador negro (um tipo de véu islâmico que deixa o rosto descoberto) até aos pés, dizem à câmara os seus nomes, a escola de onde procedem, sem aparentes sinais de ferimentos ou maus tratos.

O vídeo foi exibido na capital de Borno, Maiduguri, às mães de várias estudantes desaparecidas, segundo o jornal nigeriano “Premium Times”.

Uma das supostas sequestradas, Naomi Zakaria, faz uma chamada perante a câmara às autoridades nigerianas para que ajudem o grupo a se reunir com as suas famílias. “Estou a falar a 25 de Dezembro de 2015, em nome de todas as raparigas de Chibok e estamos bem”, disse.

As três mães que viram as imagens disseram reconhecer as suas filhas, e uma delas garantiu ter identificado mais cinco menores.

A situação no norte da Nigéria e nos países vizinhos da bacia do lago Chade é “aterrorizante”, sob a constante ameaça do Boko Haram, que utilizou crianças em um de cada cinco atentados suicidas cometidos no ano passado.

Só em 2015, o grupo jihadista matou mais de 3 mil pessoas apesar da sua perda de território e da crescente pressão militar dos países da região.

Segundo as autoridades nigerianas, nos cinco últimos anos o grupo terrorista assassinou cerca de 12 mil pessoas.

Boko Haram, que significa em línguas locais “a educação não islâmica é pecado”, luta por impor um Estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

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