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Vicente Ramaya restituído à liberdade

Vicente Ramaya, um dos condenados pelo envolvimento no assassinato do jornalista investigativo Carlos Cardoso, foi libertado, Quinta-feira, dois dias depois de ter sido reconduzido à cadeia, em conexão com num processo associado ao negócio de venda ilícita de imóveis.

A decisão, escreve o “Notícias”, deve-se a insuficiência de provas que o envolvessem no caso de negócio ilícito de imóveis. A Procuradoria da Cidade de Maputo ordenou a sua detenção sem juntar elementos de prova contra.

Para Abdul Gani, advogado de Vicente Ramaya, trata-se de uma tentativa de envolver Ramaya no suposto caso, visto que nunca apresentaram nada que o ligase ao mesmo.

“Para ver que ele está limpo, não foi arbitrada nenhuma medida de caução, o que demonstra que Ramaya está limpo neste alegado caso de venda ilícita de imóveis. Essa é uma atitude de má-fé. Peço a todos, sobretudo algumas instituições de Justiça, como a PGR, que deixem de persegui-lo e insinuar crimes que ele não cometeu. Já chega de perseguição”, afirmou Gani.

Refira-se que Ramaya foi detido e conduzido à Cadeia Civil na terça-feira à tarde, tendo sido interrogado quinta-feira pelo tribunal, uma vez que na quarta-feira ficou adiada a audição devido a um alegado problema de saúde do suspeito neste caso de venda ilícita de imóveis.

“O País” escreve que Ramaya manifestou a sua indignação, dizendo que, ao longo dos últimos doze anos, nunca se tinha referido a assuntos processuais, remetendo-os sempre a Abdul Gani, seu advogado.

“Quero fazer um apelo à PGR que me deixe em paz, deixe de inventar processos persecutórios. A fase da inquisição passou, é um período negro da nossa história que devia ser esquecida em Moçambique”, disse Ramaya, para depois pedir à Procuradoria- Geral da República que o deixe fazer a sua vida.

“Não há absolutamente nada, nem sequer saio condicionado por uma medida de coacção”, referiu.

Ramaya que se queixava de fortes dores ao mesmo tempo que afagava o abdómen num aparente exercício para atenuar as dores de que provavelmente sofria disse que a sua reintegração e ressocialização está a ser difícil, doze anos depois de ter sido condenado em conexão com o caso Carlos Cardoso, e encontra dificuldades por culpa do Ministério Público.

No caso Carlos Cardoso, para além de Ramaya, o primeiro a sair da cadeia, estão em liberdade condicional Carlitos Rachid, Manuel Escurinho e Ayob Satar, permanecendo apenas na prisão Nini Satar.

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