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‘@Verdade Editorial: Uma vez bandido, sempre o será

É bastante impressionante a maneira como são tratados os indivíduos que prejudicam uma nação inteira em benefício próprio. Chega até a provocar náusea os excessivos cultos a personalidade a que lhes são dedicados quase todos os dias. Temos vindo a assistir, de forma reiterada, a esse tipo de situação, promovido pelo Governo da Frelimo.

Um dos exemplos mais recente é referente à morte do empresário de sucesso que supostamente “deu o seu contributo para o desenvolvimento do país” fazendo fé nos elogios fúnebres feitos para essa figura que sempre usou as suas influências com os indivíduos ligados ao partido no poder e ao Estado moçambicano para ampliar o seu património pessoal.

É, no entanto, no mínimo caricato ouvir agora elegias sobre alegado papel importante no desenvolvimento do sector privado nacional. É que, é sabido por todos moçambicanos, ao contrário do empresário de sucesso, percursor do associativismos e outras hossanas que foram ditas no seu velório, o finado não passou de um sujeito que enriqueceu à custa de suor e até sangue de milhares de moçambicanos honestos.

É preciso lembrar de que o falecido começou apropriando-se do gado alheio, passando a ser temido nas províncias de Maputo e Gaza, sem esquecer que e especializou na caça furtiva, onde estava ligado particularmente ao marfim e cornos de rinocerontes.

Convém também aos moçambicanos não esquecerem que até o veículo do trágico acidente só existia graças a um negócio obscuro, ou melhor, ao dinheiro sacado dos trabalhadores honestos moçambicanos que descontam todos os santos meses para a Segurança Social.

É preciso que os moçambicanos também se lembrem de que esse senhor esteve sempre na defesa do lobby dos chapas e dos camiões, estes que até hoje dominam o transporte entre a República de África de Sul e o Porto de Maputo, apesar dos custos muito mais baratos dos caminhos de ferro.

E esse discurso enfadonho de que se tratou de um homem que contribuiu para o desenvolvimento do sector privado nacional não passa de uma falácia, ou melhor, conversa para boi dormir. Portanto, a verdade é que se tratou de mais um sujeito sem escrúpulo que enriqueceu à custa do sofrimento dos moçambicanos.

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