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Ex-funcionários do Credit Suisse e antigo executivo da Privinvest detidos em conexão com dívidas ilegais de Moçambique

Ex-funcionários do Credit Suisse e antigo executivo da Privinvest detidos em conexão com dívidas ilegais de Moçambique

Três antigos funcionários do Credit Suisse, banco financiador da Proindicus e EMATUM, e um ex-executivo do grupo Privinvest, armador que recebeu os 2,2 biliões de dólares dos bancos, foram detidos em conexão com as dívidas ilegais de Moçambique.

Andrew Pearse, antigo director do banco suíço que facilitou a obtenção dos primeiros empréstimos ilegais e posteriormente criou uma empresa que tratou dos créditos seguintes, Surjan Singh, ex-director no Credit Suisse Global Financing Group, e Detelina Subeva, antiga vice-presidente no Credit Suisse Global Financing Group, foram detidos nesta quinta-feira(03) no Reino Unido sob acusação violação da lei anti-corrupção, lavagem de dinheiro e fraude.

De acordo com a agência noticiosa Reuters os três banqueiros saíram em liberdade sob caução mas enfrentam pedidos de extradição para o Estados Unidos da América(EUA).

Também em conexão com as dívidas ilegais das empresas Proindicus, EMATUM e MAM foi detido nos EUA um ex-executivo do grupo Privinvest Shipbuilding SAL, Jean Boustani. Este grupo de construções navais com sede Abu Dhabi foi a receptora de todos os créditos contraídos ilegalmente alegadamente para o fornecimento de embarcações de pesca e de vigilância marítima.

Uma Auditoria realizada às três empresas estatais moçambicanas não conseguiu apurar o destino dado a 500 milhões de dólares desses empréstimos contraídos violando a Constituição e leis orçamentais e revela que existiu sobrefacturação de cerca de um bilião de dólares do dinheiro que foi transferidos pelos bancos Credit Suisse e VTB directamente para o fornecedor indicado pelas mentores dessa fraude que é o grupo Privinvest.

Estes antigos banqueiros rubricaram os contratos de financiamento ilegal em representação do banco suíço e Jean Boustani em nome do grupo Privinvest.

Dentre os representantes do Governo de Armando Guebuza que rubricaram os documentos das dívidas ilegais apenas está detido na África do Sul Manuel Chang, antigo ministro das Finanças que assinou as Garantias ilegais.

Chang, que contratou como seu advogado Rudi Krause, conhecido por defender o antigo Presidente sul-africano Jacob Zuma e a família Gupta em casos de corrupção, deverá ser presente a um Tribunal em Johannesburg na próxima terça-feira(08) para defender-se do pedido de extradição solicitado pelas Autoridades norte-americanas.

Investigações do @Verdade apuraram que também assinaram documentos importantes relacionados com as dívidas ilegais António Carlos do Rosário, Maria Isaltina de Sales Lucas, Eugénio Henrique Zitha Matlaba, Henrique Álvaro Cepeda Gamito, Raúfo Ismael Irá e Victor Bernardo.

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