A Agência norte-americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) lançou hoje, em Maputo, um novo programa na área de agronegócios denominado AgriFUTURO, cujo objectivo é promover mais c o m p e t i t i v i d a d e , prosperidade e o comércio internacional sustentável no ramo da agricultura no país.
O programa, iniciativa da USAID, está avaliado em 20 milhões de dólares norteamericanos e vai, nos próximos quatro anos, apoiar a competitividade das agro-indústrias e do comércio nos corredores da Beira e Nacala, nas províncias de Sofala e Nampula, centro e norte do país, respectivamente. O Encarregado de Negócios da Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA), Todd Chapman, disse no acto de lançamento que o projecto vai financiar os rendimentos dos produtores, através da melhoria da produtividade e aumento da comercialização de nove produtos agrícolas com os quais Moçambique tem um real potencial de competitividade.
“A AgriFUTURO procura fomentar os rendimentos dos produtores através da melhoria da produtividade e aumento da comercialização de nove produtos agrícolas com os quais Moçambique tem um potencial real de competitividade: banana, ananás, manga, milho, sementes de soja, sésamo, nozes, castanha de caju e produtos florestais”, disse Chapman.
A AgriFUTURO trabalhará, por um lado, na criação de incentivos para a melhoria da competitividade, expansão e fortalecimento de serviços de desenvolvimento de negócios, e aumento do número e variedade de parcerias públicas e provadas. Por outro lado, o programa ajudará a criar ligações a serviços financeiros com objectivo de desenvolver as agroindústrias e melhorar o ambiente facilitador para essas indústrias, através das reformas políticas. “Estamos a expandir o nosso compromisso com o sector agrícola, porque vemos um futuro brilhante potencial para a produção agrícola em Moçambique, que tem um elevado potencial para produzir um supermercado virtual de colheitas de alto valor e de preencher nichos de mercado altamente procurados na Europa, Médio Oriente, Ásia e SADC’, disse Chapman.
A fonte do Ministério da Agricultura que representou o titular do pelouro falou do Plano de Acção para a Produção de Alimentos (2008/11) que preconiza a melhoria dos níveis de produção alimentar e as melhores formas de comercialização dos excedentes.
O governo norte-americano apoia o desenvolvimento das agro-indústrias no país desde 1998, que se reflecte no auxílio aos pequenos agricultores organizados em associações empresariais e também a empresas médias comerciais, processadores, comerciantes e fornecedores de insumos. Na ocasião, foi apresentada uma resenha do Programa Emprenda, por exemplo, levado a cabo nos últimos cinco anos e ajudou a abrir mais de 12 fábricas de processamento de castanha de caju desde 2001.