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Uruguai 2 – Holanda 3, Laranja mecânica na final de Johannesburg

Uruguai 2 - Holanda 3

Sem muita criatividade, com pouco encanto e muita paciência a Holanda venceu o Uruguai e estará presente na primeira final de um campeonato do Mundo que se joga em Àfrica. A semi-final disputada na cidade do Cabo, no estádio Green Point, foi e 25º jogo consecutivo que a seleção de Bert van Marwijk disputou e venceu, e está a apenas a uma vitória de cumprir a sua missão: vencer o Campeonato do Mundo da FIFA.

O Uruguai pressionou muito, fechou todos os caminhos para a sua baliza mas Van Bronckhorst com uma bomba de fora da área abriu o placar para a Laranja. Os sul-americanos empataram por Forlán, com outra bomba também de fora da àrea, ainda no primeiro tempo. Os inevitáveis Sneijder e Robben sentenciaram o jogo à favor da Holanda, na segunda parte, e Maxi Pereira ainda reduziu a desvantagem já nos minutos de compensação.

O jogo começou com a Holanda a trocar a jabulani de pé para pé, procurando espaço, uma brecha que fosse, para tentar penetrar na muralha celeste. A equipe sul-americana, aguerrida e bem organizada, conseguia parar as investidas dos homens de laranja e respondia em contra-ataque.

Sem conseguir entrar com a bola controlada os holandeses tentaram os cruzamentos e passes longos para àrea, na sequência de um centro da direita Muslera é obrigado a defender com um soco e, no ressalto, Kuyt que remata forte por cima do travessão. Depois falharam-se muitos passes e o jogo disputou-se na zona intermediária, mais sob o domínio da Holanda que do Uruguai.

Depois Van Bronckhorst recordou-se que a Jabulani costuma ser traiçoeira, o capitão laranja resolve arriscar uma bomba, a cerca de 36 metros da baliza, descaído na ala esquerda, a bola partiu em linha recta, não ganhou nenhum efeito, e acertou no ângulo esquerdo de Muslera, que até chegou a encostar nela, mas não o suficiente para desviá-la, estava feito o 1-0 num golaço que vai ficar na história deste Mundial.

O golo não mudou muito o jogo, a Holanda continou a tentar controlar o jogo trocando passes e o Uruguai procurava chegar a baliza de Stekelenburg. Aos 27 minutos, após a marcação de um pontapé de canto, Cáceres tentou rematar de bicicleta mas acabou acertou em cheio na face De Zeeuw com a bota. O jogador holandês chegou a ficar desmaiado e a jogada originou alguma confusão, com Sneijder a tirar satisfações de Cáceres e a ver o cartão amarelo.

O Uruguai, que não conseguia ultrapassar a defesa holandesa, resolveu tentar a mesma solução encontrada pelo adversário: os remates de fora da àrea. Primeiro Álvaro Pereira remata à figura do guarda-redes depois, aos 41 minutos Forlán recebeu pela direita, com o pé esquerdo e rematou em arco supreendendo Stekelenburg que ainda tocou na jabulani com a ponda dos dedos mas a bola não parou nem mudou a trajectória, foi para o fundo da baliza. Resposta a igualdade, antes do intervalo ainda houve tempo para um livre de Forlán, defendido pelo guarda-redes holandês.

No regressso para a segunda para o técnico Bert Van Marwijk tirou o médio De Zeeuw lançou Van Der Vaart, era aposta clara em vencer o jogo no tempo regulamentar. Com mais um armador de jogo em campo, Sneijder ficou ainda mais solto e Holanda melhorou na ofensiva e encurralando os uruguaios.

Aos 70 minutos, numa jogada de insistência da Holanda, o camisola 10 dominou na esquerda, fletiu para o meio e rematou com o pé direito, a jabulani desviou em Maxi Pereira e passou pelo buraco entre Muslera e o poste direito, estava feito o 2-1. Os uruguaios reclamaram de fora de jogo de Van Persie, que não participou na jogada embora estivesse na zona onde esta aconteceu.

O Uruguai acusou o golo e ainda ainda atordoada sofreu a machadada final e, três minutos depois, Kuyt recebeu pela esquerda e fez um óptimo cruzamento para a cabeça Robben, que saltou sozinho e não deu hipóteses a Muslera, que ficou pregado no relvado. 3 a 1, a Holanda garantia a sua presença numa final 32 anos depois.

Mas a seleção celeste não desistiu, e o maestro Tabárez tirou o capitão Forlán, que fez mais um grande jogo neste Mundial, e lançou Fernandez e Abreu, este último entrou para o lugar de Àlvaro Pereira. A aposta ao ataque rendeu o segundo golo no minuto 92, Maxi Pereira recebeu a bola na entrada da grande àrea e com jeito reduziu a desvantagem no marcador para 3-2.

Os minutos finais foram intensos com o tudo por tudo dos sul americanos e algum desespero dos holandeses. Mas já não havia mais tempo e o àrbitro do Uzbequistão Ravshan Irmatov apitou pela última vez para a festa Laranja na cidade do Cabo.

A Holanda vai disputar a sua terceira final de um Campeonato do Mundo da FIFA, nas anteriores foi finalista derrotado na Alemanha 1974 e na Argentina 1978, com o vencedor do jogo desta quarta-feira entre Espanha e Alemanha. O Uruguai poderá lutar ainda pelo terceiro lugar no sábado, em Porto Elizabeth.

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