A Alemanha entrou no relvado do Nelson Mandela Bay contra o Uruguai sem vários titulares, numa atitude positiva de Joachim Löw de pôr em campo jogadores que ainda não haviam jogado na Àfrica do Sul galvanizando-os para futuros desafios. A equipa germânica chegou a estar a perder por 2 a 1 no decorrer da partida, mas conseguiu dar a volta ao marcador e vencer por 3 a 2.
O médio Müller, que voltou da suspensão e acabou sendo eleito o melhor da partida, abriu o placar para os alemães. Cavani e Forlán viraram para o Uruguai, Jansen empatou de novo, e coube ao médio Khedira fazer o golo da vitória alemã. O guarda-redes uruguaio Muslera, herói nos quartos de final contra o Gana, falhou duas vezes. Forlán teve a chance de empatar o jogo no último lance e forçar o tempo extra, mas acertou no travessão e, logo em seguida, ouviu o apito final do juiz. A partida terminou, e Klose, de agasalho, pois chovia em Port Elizabeth, não saiu do banco. Com dores nas costas, o atacante não entrou e manteve seus 14 golos em Mundiais, um a menos que o recorde de Ronaldo Fenômeno.
Noite de sábado, chuva miúda… apesar do cenário favorável para um jogo de amigos o jogo de apuramento do terceiro lugar não foi um amistoso, logo aos cinco minutos o alemão Aogo entrou com as botas na canela de Perez e viu o cartão amarelo. No lance seguinte, mais um, para o brasileiro naturalizado alemão Cacau, que desviou com a mão uma falta marcada por Forlán.
Mas apesar dos cartões os suplentes da Alemanha também sabem jogar bola e ensaiaram o seu golo aos nove minutos. Özil bateu um canto e Friedrich cabeceou no travessão de Muslera, que ainda salvou a Celeste na sobra, ao defender o remate de Müller.
O médio e o guarda-redes, aliás, escreveriam mais um capítulo juntos dez minutos depois. Antes disso uma bomba de Schweinsteiger aos 19 minutos pôs a Jabulani a voar a 117km/h e, aí sim, houve o tal reencontro: Muslera defendeu para frente e Müller, sozinho, apanhou o ressalto para abrir o placar. Enquanto os defesas levantavam os braços para pedir um fora de jogo que não existiu, a Alemanha festejava o 1 a 0.
Depois foi a vez do Uruguai começar a construção do seu golo, aos 24, Forlán apanhou uma sobra na área de cabeça, mas Mertesacker esticou a perna cortando para canto. Na sequência da marcação do canto Cavani desviou, e Friedrich cortou na pequena área.
Aos 28 minutos não foi preciso ensaiar mais Pérez roubou a bola de Schweinsteiger, que estava distraído no meio de campo, e lançou para Suárez – que voltava de suspensão, foi vaiado do início ao fim do jogo, a cada vez que tocava na bola os adeptos africanos no estádio não gostaram muito da defesa salvadora do atacante contra Gana. O camisa 9 fez um passe milimétrico para Cavani e na saída de Butt tocou com jeito empatando o jogo.
Na segunda parte as equipas voltaram com fome de golos primeiro para os sul americanos, minuto 50 Arévalo Rios tabelou com Suárez pela direita e cruzou para Forlán, que rematou com classe e muita técnica para o canto de Butt, golaço.
A festa celeste só durou seis minutos, porque aos 56 minutos Muslera saiu mal num cruzamento de Boateng, e Jansen cabeceou para a baliza vazia. Tudo igual outra vez, 2 a 2.
Klose continuava no banco, e de fato estava sem condições de jogo, porque o técnico Joachim Löw foi lançando outros jogadores em campo. Primeiro foi Kiessling, que substitui Cacau. Depois, Kroos entrou no lugar de Jansen. Por fim, Tasci na vaga de Özil. Mas quem decidiu foi Khedira, que estava na hora certa e no lugar certo no minuto 82. Após vários remates na área, cabeceou para o fundo da rede, sem chances para Muslera, e fez o golo da vitória alemã.
Kiessling podia ter ampliado para 4 a 2, mas perdeu uma chance incrível, sozinho no meio da área, rematando por cima. Oscar Tabárez, então, tentou sua última cartada ao lançar Loco Abreu no lugar de Cavani, não deu certo. Quem teve a chance de ouro – ou de bronze – para empatar no último minuto foi Forlán. O camisa 10 cobrou falta aos 93 minutos, mas a Jabulani explodiu no travessão e, com ela, foi-se a oportunidade de pendurar a medalha no peito.
Daí a pouco o mexicano Benito Archundia apitou pela última vez, para festa dos alemães.