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UP veda novos ingressos à Faculdade de Ciências de Saúde em Inhambane

A partir deste ano, a Universidade Pedagógica (UP) não admite novos ingressos ao curso de Ciências Médicas, actualmente frequentado por 96 estudantes, na Faculdade de Ciências de Saúde, na cidade da Maxixe, província de Inhambane, por alegada questões de restruturação institucional.

A UP irá iniciar o ano lectivo 2017 a 13 de Fevereiro próximo. Os sues gestores não aprofundam as razões que levaram à referida reorganização.

José Castiano, assessor de Reitoria para área de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, limitou-se a afirmar que “decidimos não admitir novos ingressos porque estamos a restruturar este curso. A formação médica é muito diligente e sensível (…)”. Para o efeito, está-se a trabalhar com os ministérios da Saúde (MISAU), Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional (MCTESTP) e a Ordem dos Médico de Moçambique (OrMM).

“Estamos a continuar um investimento de recursos humanos para garantir uma boa formação médica”, disse José Castiano, em conferência de imprensa, esta quarta-feira (11), em Maputo.

No evento, a UP tornou público que ainda a partir do presente ano, todos os cidadãos que eram orientados àquele estabelecimento de ensino superior no âmbito de parcerias criadas com diferentes instituições, passam a ser submetidos aos exames de admissão. Neste momento foram inscritos 521 candidatos.

Uma outra novidade diz respeito à capacitação a que serão submetidos os professores que leccionam sem formação pedagógica ou psico-pedagógica. Segundo José Castiano, a medida visa munir os visados de ferramentas que lhes permitam transmitir conhecimentos de acordo com os preceitos exigidos.

A UP, que lecciona 39 cursos, será restruturada para dar lugar a quatro novas universidades, nomeadamente “UP Sede, UP Zona Sul, UP Zona Centro e UP Zona Norte”.

As equipas da Comissão Instaladora para a materialização do plano já colocaram mãos à obra e o processo é encabeçado pelo MCTESTP, disse Castiano.

Em 2015, a UP tinha 52.801 estudantes (45% do sexo feminino), dos quais 7.120 foram graduados. O número cresceu para 7.631 alunos que concluíram os seus cursos, em 2016. Desses, 204 são mestres e o remanescente licenciados.

A instituição conta com cerca 2.300 docentes, 189 dos quais com o grau académico de doutorados (8%), 797 mestres (35%) e os restantes com licenciatura, disse Castiano.

O rácio estudante-professor é de 23.1, ou seja, um docente dá aulas a 23.1 alunos por turma.

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