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Universidades absorvem apenas 75 mil estudantes

Em Moçambique, apenas 75 mil pessoas estão a estudar nas universidades públicas e privadas, o que equivale dizer que, em cada 100 mil moçambicanos, apenas 84 frequentam o nível universitário. Estes dados foram revelados, domingo, por Arlindo Chilundo, viceministro de Educação, que falava em Nampula, na qualidade de académico no decurso de uma Aula de Sapiência na Faculdade de Ciências de Saúde da UniLúrio.

Para o palestrante, a situação contrasta com o conceito contemporâneo do papel das universidades em África, que é de servirem de “instrumento de mudança das comunidades”. Os esforços desencadeados pelo governo moçambicano, de massificação do acesso do ensino superior através da expansão do número de estabelecimentos de ensino superior do sector público e privado, que permitiu elevar de uma para 38 Universidades, ainda continuam aquém da demanda. As 38 universidade em causa proporcionam a oportunidade de formação a apenas 75 mil pessoas, quadro que faz com que, cada ano, o nível de procura de vagas ultrapasse sete a oito vezes a real capacidade de oferta daquelas.

 

Falando especificamente da Universidade de Lúrio, aquele académico considerou positivos os métodos de ensino adoptados, que, através da sua iniciativa “Um estudante, uma família”, que propiciam um contacto direito com as reais dificuldades das comunidades. Um dos objectivos do plano estratégico do governo é de fazer com que o saber esteja ao serviço do povo e constatamos com alegaria que isso já está a ser equacionado pela Unilúrio – disse.

Outros “itens” preconizados no plano estratégico da reforma do subsistema do ensino superior no país são de fazer com que este não seja apenas apropriação das elites, que os estudantes talentosos não sejam relegados por serem economicamente desfavorecidos, que se imprima uma melhoria na qualidade de ensino através da criação de mecanismos de revisão e inspecção dos currículos. É neste contexto que será instalado no país o Sistema Nacional de Avaliação de Qualidade do Ensino Superior (SINAQES), bem como o Serviço Nacional de Transferência do Crédito Académico (SNATCA). Não queremos que o canudo seja visto como único condicionante para o provimento das vagas no mercado de emprego.

Pois que, muitas das vezes, o canudo não é sinónimo de qualidade. – referiu Chilundo. Ainda na tarde de domingo, a Universidade Lúrio lançou, através da sua Faculdade de Ciências de Saúde, a Campanha de Saúde Oral, que envolve mais de 7 mil crianças, dos 6 e 12 anos idades das Escolas primarias de Rapale, Anchilo, Namialo, que vão receber de forma gratuita escovas e pastas dentífricas, com objectivo de prevenir doença orais.

Esta iniciativa, denominada “Caravana do Sorriso”, é promovida em coordenação com a Colgate e, segundo O Reiitor da UniLúrio, Jorge Ferrão, surge da constatação de que existem famílias que não cuidam de higiene oral por falta de uma escova.

Paralelamente, serão proferidas palestras sobre modelos saudáveis de vida e alimentação.

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