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Unidades sanitárias de Manica maioritariamente sem parteiras

Grande parte das unidades sanitárias da província de Manica estão desprovidas de parteiras, ou seja, de pessoal especializado na área de saúde materno-infantil. O facto, de acordo com o director provincial da Saúde de Manica, Juvenaldo Amós, tem estado a criar constrangimentos não só no atendimento como também, por parte pessoal de enfermagem, que vê-se obrigado a contemplar as suas actividades com outras que não são da sua especialidade.

Falando à reportagem do jornal Diário de Moçambique, Juvenaldo Amós indicou, a título de exemplo, que das quatro unidades sanitárias existentes no distrito de Mossurize, apenas uma é que tem parteira. Este problema, conforme a fonte, verifica-se em grande parte dos estabelecimentos sanitários da província, o que tem criado embaraço nas actividades do sector, particularmente na área do SMI.

A fonte não fez referência quanto ao nível de atendimento, no que diz respeito as consultas pré-natais e pós-parto, mais vincou que a insuficiência de parteiras constitui um problema sério na província de Manica, onde funciona um Centro de Formação do Pessoal da Saúde, cujos formados têm sido colocados em várias regiões do país, como sua colaboração nos esforços visando mitigar a problemtática de insuficiência de recursos humanos, no sector da Saúde.

FALTA DE MEDICAMENTOS

A Saúde não só tem estado a enfrentar problemas de efectivo. A falta de medicamentos como BCG e Pentavalente, administradas às crianças em campanhas regulares de desparasitação e suplementação em vitamina A, constituem outras situações consideradas como embaraçosas ao sector da Saúde, que geralmente vê comprometido os seus objectivos. As campanhas de vacinação, anualmente programadas, têm em vista conferir condições para o melhor crescimento das crianças, sem que sofram de parasitas e de outras doenças que a elas atacam.

Os distritos de Tambara, Guro e Macossa (norte), Mossurize e Machaze (sul da província) onde poucas crianças recebem vacinas com BCG e Pentavalente, cuja aplicação é considerada como indispensável nas crianças para o seu melhor crescimento. A ausência destas faz com que as crianças sejam vacinadas alguns suplementos, mas que na falta destes medicamentos não têm o efeito desejado, daí que aconselha-se a sua administração, de forma complementar com outras vacinas.

“Há distritos que copiosamente estão a ter dificuldades nas campanhas de vacinação”, disse o titular da pasta da Saúde, em Manica, falando ontem em Chimoio, ressalvando a necessidade de potenciação das unidades sanitárias em recursos, para o melhor desempenho dos profissionais, que devem traduzir-se num atendimento mais âmplo e condígno.

“A roptura de vacinas ao longo do ano, faz com que o desempenho não alcance as projecções”, acrescentou Juvenaldo Amós, lamentando o facto de ocorrência de determinadas falhas no que diz respeito a saúde materno infantil, que de uma forma geral, constitui preocupação na província de Manica. Insuficiência de meios de transporte é apontada como sendo, igualmente, um obstáculo para o sector da Saúde, em Manica, onde muitas ambulâncias apresentam-se em condições obsoletas, apurou o jornal Diário de Moçambique. O director provincial da Saúde fez referência as necessidades de potenciação do sector em meios circulantes, dado o estado em que se apresenta grande parte das suas viaturas, concretamente ambulâncias.

AMBULÂNCIAS

Seis ambulâncias foram na passada semana aos distritos de Manica, Báruè e Sussundenga e cidade de Chimoio (duas). Daqueles três meios, dois vão para o distrito de Manica, onde prevê-se uma das duas esteja afectada ao Centro de Saúde do posto administrativo de Vandúzi que consta da lista dos que devem ascender à categoria de distritos. As restantes entre elas, de marca Ford Ranger e Toyota Land Cruizer, deverão ser usadas nos distritos de Báruè e Sussundenga, também para evacuar doentes que estejam, sobretudo, em zonas recônditas e para facilitar o seu encaminhamento para o Hospital Provincial de Chimoio (HPC), maior unidade sanitária de Manica.

A governadora Ana Comoane, que procedeu a entrega, afirmou que a alocação de tais meios enquadram-se nos esforços visando imprimir uma maior dinâmica no atendimento aos pacientes e as parturientes. Salientou que os meios surgem em resposta de pedidos feitos pela população, sendo por isso que apelou para a sua manutenção, conferindo-lhes maior tempo de utilidade.

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