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União Europeia doa 7,3 milhões de euros

Cerca de 25 mil micro e pequenos agricultores moçambicanos de sete províncias estão a beneficiar de 7,3 milhões de euros em acções de melhoramento de sementes de milho, arroz, girassol, feijão e soja, num programa financiado pela União Europeia e implementado pelo Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Até finais de 2011, o programa já tinha produzido cerca de 90 mil toneladas de sementes de milho e arroz e distribuído àqueles produtores agrícolas quantidades não estimadas de fertilizantes, segundo José de Graça, coordenador do programa da FAO, realçando que os ganhos decorrentes do projecto da sua instituição e apoiado pela UE são significativos, apesar de a maioria dos cerca de quatro milhões de pequenos agricultores moçambicanos continuar a precisar de apoio em sementes e fertilizantes.

“É preciso muito mais para compensar o défice anual de Moçambique de cerca de um milhão de toneladas de alimentos”, vincou de Graça, tendo Mahomed Valá, director nacional dos Serviços Agrários do Ministério da Agricultura, garantido que a produção de sementes melhoradas continuará a ser uma prioridade para o Governo, por forma a que nos próximos cinco a seis anos, pelo menos 15% dos micro e pequenos agricultores venham a ter acesso a sementes de qualidade.

José de Graça realçou, num balanço sobre o apoio da FAO e União Europeia a Moçambique, que o reforço da produção de sementes de qualidade para aumentar o rendimento das culturas é crucial para desbloquear um vasto potencial agrícola do país.

Acrescentou aquele alto funcionário da FAO em Moçambique que o aumento da produção agrícola num país cujos rendimentos são dos mais baixos do mundo começa com o aumento da produtividade e “é prioridade para a cadeia de valor da semente”, realçou.

Objectivo

O apoio da FAO e União Europeia foi decidido para atenuar a alta global dos preços dos alimentos que se registou no período 2007 e 2008, altura em que no país os preços dos alimentos locais dispararam várias vezes, segundo Valá, obrigando aquelas duas instituições externas a conceber o Projecto Facilidade Alimentar, avaliado em cerca de mil milhões de euros para conter preços dos alimentos em todo o mundo.

Daquele montante, coube a Moçambique cerca de 7300 mil euros que estão a ser gastos em acções visando impulsionar a agricultura através do reforço do sector de sementes nacionais que incorpora 15 empresas especializadas na matéria e cerca de mil produtores de pequena escala de sementes para estimular a produção local.

A FAO está também a ajudar o Governo a melhorar a sua capacidade de controlar a qualidade das sementes que chegam ao mercado, acção que está a ser garantida por cinco laboratórios de sementes que estão a ser reabilitados, enquanto cerca de 300 extensionistas estão a receber treinamento em controlo de qualidade das sementes, em conformidade com os padrões regionais.

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