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Crédito malparado abaixo de 3% em 2011

Apesar da forte expansão do crédito bancário à economia, registada entre 2008 e 2010, o crédito malparado situou-se, em 2011, abaixo dos 3% e o rácio de solvabilidade manteve-se acima dos níveis mínimos exigidos a nível mundial, congratulou-se Ernesto Gove, governador do Banco de Moçambique (BM).

Gove indicou, a título ilustrativo, que, até finais de Outubro de 2011, o saldo do crédito à economia foi de 94.261 milhões de meticais, o correspondente a uma expansão anual de 11,4% e quando expurgado o efeito da apreciação do Metical sobre a componente do crédito denominada em moeda estrangeira, este indicador cresce para 17%.

O governador do BM considerou este nível do crédito malparado como estando a registar-se numa altura em que o sector financeiro moçambicano continua em crescendo em termos de número, diversidade e qualidade dos serviços prestados, contando, em 2011, com 18 bancos a que vieram juntar-se mais três microbancos, 43 operadores de microcrédito e um número considerável de outros operadores financeiros.

Divisas

Em termos de novos balcões de bancos comerciais, Gove disse que até finais de 2011 o país passou a contar com 440 instituições daquele tipo, cobrindo todas as capitais provinciais, municípios e 58 distritos, respeitando este nível de expansão “os padrões de equilíbrio prudencial e saúde das nossas instituições”.

Entretanto, elogios também foram tecidos por Gove quanto ao facto de, em 2011, terem entrado divisas em forma de receitas de exportação, transferências privadas, empréstimos externos privados e investimento directo estrangeiro no valor global de 381,2 milhões de dólares norte-americanos.

Também registaram-se transferências correntes unilaterais para o sector público em montantes superiores aos registados em 2010 que não apenas propiciaram a acumulação de reservas internacionais líquidas do BM, num valor de 280 milhões de dólares, fazendo com que o saldo se situasse nos 2200 milhões de dólares, até 15 de Dezembro último.

O cenário contribuiu para o banco central vender menos divisas face a 2010, havendo, inclusive, períodos em que, procurando atenuar a apreciação da taxa de câmbio, posicionou- se como comprador no Mercado Cambial Interbancário (MCI).

O total das vendas foi de 549 milhões de dólares norteamericanos, representando menos 30% relativamente a igual período de 2010, enquanto as compras ascenderam a cerca de 152 milhões de dólares, num aumento de 111 milhões de dólares quando comparadas com todo o ano de 2010.

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