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União Africana anuncia negociações entre as partes em conflito na Líbia

As partes em conflito na Líbia, nomeadamente o governo e o Conselho Nacional de Transição (CNT), poderão iniciar, brevemente, negociações directas com vista a encontrar uma solução pacifica para o problema, depois de terem aceite uma proposta da União Africana (UA) nesse sentido.

A proposta da UA foi entregue as partes beligerantes para a respectiva reflexão. O facto foi anunciado, Sexta-feira última, pelo Presidente sul-africano, Jacob Zuma, membro do Comité de Alto Nível para a questão líbia, durante uma conferência de imprensa que marcou o término dos trabalhos da XVII Sessão Ordinária da União Africana, que desde Quinta-feira vinha decorrendo em Malabo, a capital da Guiné Equatorial.

Segundo Zuma, as negociações entre as partes terão início dentro em breve, em Addis Abeba, a sede da UA, sob auspícios desta organização continental, em coordenação com a Liga Árabe e a Conferência Islâmica, bem como a União Europeia.

Para Zuma, o facto de existir grupos de Tripoli e de Bengazi não passou de uma precipitação da comunidade internacional que tudo fez para fazer valer interesses ocultos, porque, no inicio, segundo ele, o movimento estava a ser levado acabo da mesma forma como foi na Tunísia e Egipto.

Mas, de imediato, os manifestantes passaram a ser um movimento rebelde. Para a UA, declarou Zuma, “a Líbia é una e indivisível. Esta e a posição que a UA defende”.

De referir que representantes do Conselho Nacional de Transição estiveram em Malabo, durante a Cimeira, para contactos com os Chefes de Estado e de Governo. A Líbia fez-se representar neste evento por uma delegação ministerial.

Zuma manifestou o seu optimismo quanto ao envolvimento das partes na procura da solução. “Há indicações de que estamos em posição de ajudar a se alcançar a paz”, afirmou o Presidente sul-africano, reconhecendo porém que a questão líbia não se circunscreve apenas a Africa, pois é um assunto mundial.

Sendo assim, uma solução final deve envolver as Nações Unidas, a Liga Árabe e a própria União Africana. Entretanto, a UA manifestou o seu repúdio ao mandato de captura emitido esta semana pelo Tribunal Penal Internacional contra o líder líbio e membros da sua família.

Os africanos não concordam com a forma discriminatória como o tribunal tem vindo a tomar as suas decisões. Khadafi é um cidadão líbio. ‘Rejeitamos a ideia de que ele deve partir’, disse, por sua vez, o Presidente em exercício da UA e Chefe de Estado da Guine Equatorial, Teodoro Nguema Mbasogo, na conferência de imprensa.

A Cimeira, que terminou cerca das 21 horas locais, 22 horas de Maputo, decorreu sob o lema ‘ Acelerar o Empoderamento da Juventude para o Desenvolvimento Sustentável de África’.

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