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Laboratório de veterinária melhora capacidade

O Fundo Nacional de Investigação (FNI) deverá investir dois milhões de meticais (cerca de dez mil dólares norte-americanos) para a melhoria da capacidade de diagnóstico do Laboratório Central de Veterinária, ora sob direcção do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM).

Trata-se de um investimento destinado a dotar aquele laboratório de referência nacional de equipamento mais moderno de diagnóstico e pesquisa de modo a responder às necessidades do país nessa área e, particularmente, dos criadores.

Falando, semana finda,  durante a apresentação deste projecto, Aida Cala, da Direcção de Ciências Animais do IIAM, disse que as técnicas e equipamento actualmente usados pelo laboratório estão “ultrapassados” o que torna morosos os diagnósticos e pesquisas ali realizados, abrindo espaço para a propagação de doenças.

Por causa disso, alguns criadores chegavam mesmo a abandonar os serviços deste laboratório. “Os diagnósticos que vamos introduzir são modernos, rápidos e com cem por cento de garantia de resposta”, disse Cala, acrescentando que “com o melhoramento da capacidade, queremos reduzir de dois a três dias para apenas um dia o tempo de resposta ao diagnóstico”.

Este é dos 79 projectos a serem financiados pelo FNI, este ano, no âmbito do objectivo desta instituição do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) que é o de promover o fomento da investigação.

Lançados na semana passada, este tipo de projectos abrangem áreas de investigação científica, inovação e transferência de tecnologia, tendo um orçamento global de 86 milhões de meticais, o equivalente a cerca de 2,9 milhões de dólares norteamericanos.

Este fundo abrange diversos sectores de actividade, incluindo agricultura, saúde, recursos hídricos, ciências sociais, entre outros, a serem implementados em diversos pontos do país.

Por exemplo, na área de ciências sociais, o FNI aprovou um projecto destinado a registar depoimentos e memórias individuais do combatente moçambicano como forma de manter viva a História de Moçambique e enriquecer o acervo bibliográfico sobre o país.

Trata-se do projecto “Memórias do Combatente Moçambique 1964-1992”, a ser implementado pelo Centro de Pesquisa da História da Luta de Libertação de Moçambique, num orçamento de perto de dois milhões de meticais.

“Queremos que os combatentes escrevam as vivências dos vários momentos da sua vida”, disse o Director do Centro de Pesquisa da História da Luta de Libertação Nacional, Carlos Silyia, falando durante a apresentação do projecto “Memórias do Combatente”.

Segundo Silyia, estes depoimentos não são estudos científicos, mas também pretendem contribuir para que haja um maior fluxo da literatura sobre a Luta de Libertação Nacional, bem como sobre o processo histórico do povo moçambicano, no geral.

Ele argumentou que este financiamento é um apoio importante ao já magro orçamento de 500 mil meticais atribuído ao projecto “Memórias do Combatente Moçambique 1964-1992”.

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