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Uma pessoa morre em protesto perto do gabinete do primeiro-ministro líbio

Uma pessoa morreu e várias ficaram feridas, Terça-feira, quando uma milícia armada que protestava diante do gabinete do primeiro-ministro da Líbia, em Trípoli, começou a disparar.

O caso coloca em evidência a instabilidade do país um mês antes da realização das suas primeiras eleições.

Testemunhas e autoridades afirmaram que a milícia, da cidade de Yafran, aproximadamente 100 quilómetros a sudoeste de Trípoli, estava no prédio do primeiro-ministro para pedir dinheiro do governo, quando o protesto ficou violento.

O porta-voz do governo Nasser El-Manee disse em entrevista colectiva que um membro das forças de segurança morreu no governo. Outras quatro pessoas foram feridas, sendo três integrantes das forças de segurança e um manifestante.

Mais cedo, um guarda de dentro do complexo do primeiro-ministro disse acreditar que quatro pessoas tinham sido mortas.

“A liberdade não significa caos”, disse Manee. “Esperamos que não ocorram mais fatalidades como essas.”

O guarda disse que o primeiro-ministro interino Abdurrahim El-Keib estava numa reunião noutro local quando aconteceu o tiroteio.

Uma autoridade de segurança disse que 14 manifestantes foram presos. Mais cedo, os repórteres da Reuters do lado de fora do complexo, situado perto do centro da cidade de Trípoli, ouviram barulhos esporádicos de tiros, incluindo de armas de grosso calibre.

As forças de segurança cercaram a área e podiam ser vistas ambulâncias. Depois de cerca de 30 minutos, o tiroteio havia acabado e a passagem foi liberada.

Os jornalistas tiveram autorização para entrar no prédio para a entrevista colectiva. O gabinete do primeiro-ministro é um local frequente para protestos de milícias exigindo dinheiro ou empregos em reconhecimento ao papel que exerceram na revolta do ano passado para derrubar Muammar Khadafi.

Muitos dos milicianos estão armados e ocasionalmente os protestos acabam em violência. O confronto da Terça-feira marcou a primeira vez em que foram registadas vítimas num protesto dentro do complexo.

A Líbia deverá ter as suas primeiras eleições livres no próximomês. Os eleitores elegerão uma assembleia para redigir uma Constituição.

As pessoas começaram a registar-se para votar, uma novidade num país onde khadafi baniu as eleições por 40 anos.

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