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Futsal: uma miragem chamada Tailândia

Futsal: uma miragem chamada Tailândia

O Marrocos saiu do Pavilhão da Académica com um pé no Mundial da Tailândia. Não foi, apesar do resultado volumoso, um passeio dos homens do Magreb que chegaram com medo, mas acabaram goleando uma selecção “remendada” que viu cair por terra o sonho de 22 milhões de habitantes.

Pairava no ar, todavia, o ambiente da greve dos atletas que abandonaram a selecção, tanto nas bancadas assim como no rectángulo do jogo, e Moçambique tratou de aproveitar-se disso logo de início. Porém, faltas cirúrgicas e uma grande actuação do guarda-redes marroquino impediram os pupilos de Roberval Ramos de inaugurar o marcador.

Os marroquinos, conhecedores do potencial do país desde o CAN da Líbia, entraram receosos. Moçambique precisava de um golo ou de um líder para serenar o seu jogo, mas foi o Marrocos que abriu o marcador sem o merecer. Um contra-ataque rápido deixou uma bola na cara de Hicham Chrayeh, que simulou um remate com o pé esquerdo e sentou Arcanjo. Conseguido o espaço necessário, rematou com o pé direito para bater Bruno com um disparo colocado.

Apesar de estar em vantagem, o Marrocos foi incapaz de controlar a partida. Favito (duas vezes) e Arcanjo erraram três boas ocasiões para restabelecer a igualdade. Os atletas moçambicanos tiveram um noite desafortunado. Não converteram as oportunidades que tiveram esbarraram, muitas vezes, nas luvas de Rabie Zaari.

Em plena avalanche ofensiva de Moçambique, Adil Habil aumentou a vantagem dos visitantes. Arcanjo e companhia não se deixaram vergar e, pasme-se, reduziram com um auto-golo dos marroquinos.

Moçambique continuou a pressionar, mas os marroquinos já tinham descoberto que o ponto fraco da selecção nacional estava nas transições defensivas. Os visitantes começaram a jogar no erro dos moçambicanos e não tardou que surgisse o terceiro golo.

Porém, há dias em que o melhor é não se levantar em cima da buzina o Marrocos fez o quarto. Adil Habil aliviou do meio da rua e a bola encontrou Bruno adiantado. Um frango monumental: do tamanho do Pavilhão da Académica.

Mais do mesmo

No segundo tempo, aconteceu mais do mesmo. Uma selecção de Moçambique pressionante, mas inocente nas transições defensivas. Com uma equipa mais fresca os marroquinos entraram na etapa completar conscientes de que tinham um bom resultado e que facilmente poderia passar em casa. Portanto, o quinto golo só veio cimentar a crença no passaporte para a Tailândia. O golo foi obra de Adil Habil.

Contudo, os atletas moçambicanos não ficam isentos de culpa. Bruno defendeu para frente e ninguém apareceu para tirar a bola da zona de perigo. Adil agradeceu e aumentou a vantagem dos magrebinos. Moçambique ainda reduziu por intermédio de Edson o que levou o público a acreditar. Porém, quem tem Adil Habil e Anouar Chrayeh não se intimida com o crescimento do adversário. Se quedava algum dúvida de que a partida e, quiçá, a eliminatória estava resolvida, Adil fez o sexto.

No final os jogadores moçambicanos foram aplaudidos por parte do público.

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