As autoridades da Sérvia anunciaram esta quarta-feira a prisão de Goran Hadzic, último dos fugitivos procurados pelo tribunal da ONU para crimes de guerra na ex-Iugoslávia. Hadzic é acusado por supostas atrocidades cometidas durante a guerra de independência da Croácia, entre 1991 e 1995, quando liderava as forças separatistas servo-croatas.
Ele é responsabilizado pelo assassinato de centenas de croatas e outros cidadãos não-sérvios da Croácia. A prisão ocorre menos de dois meses após a Sérvia prender o antigo comandante militar servo-bósnio Ratko Mladic.
Hadzic havia desaparecido há sete anos, após seu indiciamento pelo tribunal da ONU ter sido comunicado ao governo sérvio. Ele foi uma figura central na auto-proclamada República sérvia de Krajina, entre 1992 e 1993.
Hadzic foi indiciado por 14 acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade, incluindo perseguição, extermínio, deportação e destruição por seu envolvimento em atrocidades cometidas pelas tropas sérvias na Croácia. Entre as principais acusações contra ele está a deportação de 20 mil pessoas após a ocupação da cidade de Vukovar.