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UEM já está a receber candidaturas para futuro Reitor

O reitor da Universidade Eduardo Mondlane, o padre Filipe José Couto, vai mesmo, nos próximos dias, deixar a reitoria daquela que é a maior e mais antiga universidade pública do país. O facto foi confirmado, esta terça- feira, em Maputo, pelo porta-voz da instituição, Joeldas Neves Tembe.

Segundo esclareceu o porta-voz, na manhã de terça-feira, em Conferência de Imprensa, o padre Filipe José Couto deixa de ser timoneiro daquela instituição pública de ensino superior por razões de fim do mandato. “Não é cessação de funções, mas sim, fim do mandato”, esclareceu Tembe.

No âmbito desse processo, sabese, iniciou ontem a recepção de candidaturas por parte da Comissão Eleitoral criada para o efeito. Desta, os processos seguirão para análise mais aprofundada e pormenorizada ao nível do Conselho Universitário.

Ainda de acordo com o porta-voz, até a hora em que a Conferência de Imprensa aconteceu, a Comissão ainda não tinha recebido candidatura alguma. O porta – voz fez notar que o actual reitor ainda pode candidatar-se a sua própria sucessão, caso queira.

Sabe-se, no entanto, que Filipe Couto já manifestou a sua indisponibilidade em continuar a dirigir a instituição daí que, efectivamente, a instituição terá, nos próximos tempos, um novo reitor.

O padre Filipe José Couto foi nomeado para dirigir os destinos da UEM em 2008, pelo Presidente da República, Armando Guebuza. Entretanto, o seu nome não constava dos primeiros três eleitos pelo Conselho Universitário.

Na altura, algumas vozes, parte das quais académicos, manifestaram-se contra a sua nomeação. Consideraram a mesma mais política do que académica.

A Comissão Eleitoral, ao que soubemos, integra 7 membros, nomeadamente, Joel das Neves Tembe (Arquivo Histórico de Moçambique – Presidente da Comissão), Bettencourt Sebastião Capece (Faculdade de Veterinária), Maria Vitória Branco (Faculdade de medicina), Lucília Chuquela (Museu da História Nacional), Callisbire Caixote (Director dos Recursos Humanos), David Paulo Nhavene (Coordenador Jurídico) e, Dinis Langa (Associação dos Estudantes universitário).

Os candidatos à reitoria da Universidade Eduardo Mondlane devem reunir requisitos, conforme o regulamento interno. Tais requisitos incluem o grau de doutorado, fazer parte do Conselho Universitário e estarem a prestar serviço académico há, pelo menos, 10 anos.

Segundo soubemos, o processo deverá estar concluído até 21 de Abril próximo, com a divulgação da lista dos 3 candidatos que terão sidos seleccionados pelo Conselho Universitário.

Posto isto, os três nomes serão submetidos ao Presidente da República para este, por sua vez, decidir o nome. Todavia, dentro das suas competências, Armando Guebuza pode rejeitar as propostas do Conselho e indicar, a conta e risco próprio, o nome de novo reitor da UEM.

Recorde-se que, as notícias de que Filipe Couto deve deixar brevemente a instituição sucedem-se e sabe-se que ao longo da semana passada o Conselho Universitário esteve reunido e dois nomes vieram à superfície.

Fala-se, com alguma insistência, do vice reitor para a área académica, Orlando Quilambo e de Firmino Mucavele, académico e quadro da instituição. Entretanto, fala-se também do antigo ministro da Saúde, Paulo Ivo Garrido. Este parece ser o candidato preferencial de Armando Guebuza a quem compete, em última instância, decidir o nome do reitor da UEM.

Sobre este último, o porta voz, quando questionado sobre a provável candidatura de Garrido, disse apenas que poderia o fazer “pois é membro do Conselho”.

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