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UE aumenta pressão e dá 30 dias à Grécia para mostrar que seu plano funciona

Os ministros de Finanças da União Europeia (UE) aprovaram esta terça-feira uma série de medidas para colocar a Grécia sob vigilância e obrigar o país a reduzir rapidamente seu déficit público, com a possibilidade de exigirem de Atenas maiores esforços, se seu plano de austeridade não se mostrar eficaz em 30 dias.

Como já haviam feito segunda-feira seus colegas da Zona Euro, os ministros dos 27 países da UE pediram à Grécia “anunciar medidas adicionais até meados de março” se “forem materializados os riscos relacionados às metas do déficit e da dívida”, indicou o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn. Por outras palavras, se até 16 de março Atenas demonstrar que não pode alcançar os objetivos anunciados, isto é, a redução de seu déficit em quatro pontos percentuais (de 12,7 a 8,7% do Produto Interno Bruto), o governo socialista grego deverá tomar novas medidas.

Estas poderiam incluir a redução de gastos combinada com um aumento das receitas como, por exemplo, uma alta do IVA (Imposto sobre o Valor Agregado) e a cobrança de taxas suplementares sobre produtos de luxo. “Nosso ponto de vista é que o programa apresentado pelo governo grego é insuficiente”, anunciou o ministro sueco das Finanças, Anders Borg, ao resumir a opinião de vários colegas presentes em Bruxelas. “Para que sejam sérios, são necessárias medidas concretas para que o país recupere a credibilidade dos mercados”, acrescentou.

Atenas já anunciou uma série de medidas de austeridade, aprovadas pela Comissão Europeia e que passam pela adoção de um arsenal contra as fraudes ou a redução dos prêmios pagos a funcionários públicos. Este plano vem provocando tensão social na Grécia. Nesta terça-feira, a união de aduaneiros convocou uma nova greve. O objetivo da UE é que Atenas situe seu déficit público abaixo de 3% do PIB até 2012.

Os ministros também pediram à Grécia “aplicar o mais rápido possível um conjunto de reformas estruturais com ações em várias áreas: salários, aposentadorias, saúde, administração pública”, explicou Elena Salgado, da Espanha, país que exerce a presidência temporária da UE até junho próximo.

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