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Turquia ameça retaliação se os militantes ferirem os 80 reféns no Iraque

A Turquia alertou, esta quarta-feira (11), que irá retaliar se qualquer um dos seus 80 cidadãos, incluindo soldados das forças especiais, diplomatas e crianças, sequestrados por um grupo dissidente da Al Qaeda durante uma operação-relâmpago no norte do Iraque, for ferido.

Embaixadores da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) fizeram uma reunião de emergência em Bruxelas a pedido da Turquia. O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, conversou com o presidente Abdullah Gul, o chefe de inteligência e o chefe de gabinete e ainda com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre os desdobramentos.

Os insurgentes sunitas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isil, na sigla em inglês) raptaram 49 pessoas do consulado turco na cidade de Mossul na manhã desta quarta-feira, incluindo o cônsul-geral, familiares e forças especiais turcas.

Os militantes também detêm 31 camionistas turcos numa estação de energia eléctrica em Mossul sequestrados na terça-feira, quando o Isil ocupou a segunda maior cidade iraquiana numa demonstração de força contra o governo liderado pelos xiitas em Bagdad.

O avanço rápido do Isil, que dominou a cidade de Tikrit, esta quarta-feira, e aproximou-se da maior refinaria de petróleo do Iraque, representa uma ameaça adicional à Turquia, que já lida com a ocupação do grupo em trechos de território pouco além da sua fronteira sul com a Síria.

“Neste momento, estamos ocupados em apaziguar a crise, considerando a segurança dos nossos cidadãos”, disse Davutoglu em Nova York depois de cancelar encontros na Organização das Nações Unidas (ONU) para voltar ao seu país.

“Que fique bem claro. Qualquer dano aos nossos cidadãos e à equipe desencadearia a mais severa retaliação”, declarou ele a repórteres em comentários veiculados na TV turca.

A Turquia tem laços comerciais e políticos profundos com a área ao norte de Mossul, controlada pelos curdos, que até agora não foi alvo do Isil, e tem um papel especial na protecção dos interesses da minoria étnica turca naquela região.

Davutoglu disse ter pedido o esvaziamento do consulado de Mossul muitos dias atrás, mas que a situação no local era perigosa demais para que isso ocorresse.

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