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Tuberculose continua a matar em Nampula

A tuberculose, uma doença altamente contagiosa mas com cura, continua a infectar milhares de pessoas e a matar outras dezenas na província de Nampula, principalmente porque ainda prevalece o abandono do tratamento, o que faz com que esta enfermidade seja considerada um grave problema de saúde pública.

Apesar do aumento dos esforços da divulgação dos perigos da doença, os números não param de subir anualmente. Só no primeiro trimestre deste ano, foram notificados 1.047 casos, dos quais dezenas associados ao VIH/SIDA, segundo Afonso Chaúque, coordenador do Programa de Tuberculose em Nampula.

Segundo ele, quando a terapia é interrompida, o paciente volta a desenvolver sintomas tais como febre, falta de apetite, emagrecimento e transpiração excessiva. O paciente passa novamente a transmitir a doença a outras pessoas e resiste aos medicamentos.

Em 2014, forma registados 4.153 doentes. Destes 3.769 foram curadas e pelo menos 139 morreram. No ano anterior, dos 3.470 pacientes, 3.106 tiveram cura mas 165 pereceram. O nosso interlocutor aponta o abandono da terapia, por exemplo, como uma das causas da morte e da propagação do vírus.

Um cidadão, que se identificou apenas por Manuel, disse ao @Verdade que contraiu a tuberculose devido ao consumo excessivo de tabaco. Ele ficou 90 dias internado no Hospital Geral de Marrere e ficou curado. “Pensei em abandonar o tratamento mas escolhi salvar a minha vida. Não foi fácil e sofri a descriminação de alguns familiares e amigos. Vi pessoas a morrerem no hospital vítimas desta doença e eu não ficava sossegado”.

Outro indivíduo, que se identificou pelo nome de Santos, disse-nos que suspeita que contraiu a enfermidade na Cadeia Provincial de Nampula. “Eu tossia muito e doía o peito. À noite tinha febres, perdi o peso mas aceitei o tratamento e fiquei completamente curado”.

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