A banda punk russa Pussy Riot perdeu na quarta-feira um recurso contra a decisão judicial que determina a retirada dos seus vídeos da Internet, incluindo o vídeoclipe de uma canção de protesto que levou à prisão de três integrantes do conjunto.
Um tribunal moscovita manteve a decisão de novembro de uma instância inferior que qualificara os vídeos de “extremistas”. Mas os vídeos ainda continuam disponíveis em sites hospedados fora da Rússia, como o YouTube.
Yekaterina Samutsevich, integrante da banda e autora do recurso, disse que vai apelar novamente da decisão. Samutsevich e duas colegas de banda foram condenadas no ano passado por terem realizado um protesto contra o presidente Vladimir Putin dentro da principal catedral ortodoxa de Moscovo. Ela foi libertada em setembro, quando obteve direito a sursis. Outras duas integrantes da banda, Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina, permanecem presas.
A sentença da instância inferior dizia que os vídeos continham “palavras e ações que humilham vários grupos sociais com base em sua religião”, além de conclamações a motins e à “desordem em massa”, e incitações ao ódio racial e religioso.
Críticos do Kremlin dizem que o processo contra as artistas é parte de uma onda de repressão do governo de Vladimir Putin contra dissidentes.