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Tribunal de Haia condena ex-líder bósnio-croata por crimes de guerra

O ex-líder bósnio-croata Jadranko Prlic foi condenado a 25 anos de prisão, esta Quarta-feira (29), por conduzir uma “limpeza étnica”, que incluiu assassinatos, estupros e a expulsão de muçulmanos da Bósnia durante a dissolução da Jugoslávia, na década de 1990.

O Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, em Haia, também condenou outros cinco acusados, incluindo Slobodan Praljak, ex-ministro-assistente da Defesa croata, a penas de 10 a 20 anos de prisão.

Os juízes disseram que a Croácia, que a 1 de Julho vai se tornar a segunda ex-república jugoslava a ingressar na União Europeia, estava envolvida no plano, e que o então presidente Franjo Tudjman acreditava que a limpeza étnica era necessária para criar um Estado etnicamente puro que poderia se juntar à Croácia.

Lendo o resumo de uma sentença com mais de 2.600 páginas, o juiz presidente, Jean-Claude Antonetti, disse que os assassinatos, estupros e deportações foram cometidos pelas Forças Armadas do auto-proclamado Estado de Herceg-Bosna, de etnia croata.

“Os crimes não foram actos de alguns soldados indisciplinados”, disse ele. “Foram resultado de um plano… para remover permanentemente a população muçulmana de Herceg-Bosna”.

Os seis também foram responsabilizados pela destruição da Ponte Velha de Mostar, da era otomano, cujo bombardeio tornou-se símbolo da devastação causada no conflito da Bósnia entre 1992 e 1995.

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