Um tribunal venezuelano concedeu, esta Sexta-feira (14), liberdade condicional à juíza María Lourdes Afiuni, considerada pela oposição como a presa política mais representativa da época do falecido Hugo Chávez, que exigiu a prisão dela no fim de 2009.
Afiuni foi detida depois de libertar o empresário Eligio Cedeño, acusado de suposta corrupção por operações com dólares do controle de câmbio, e, depois da deterioração progressiva da sua saúde, foi colocada sob prisão domiciliar em Fevereiro de 2011.
Atrás das grades, a juíza foi violentada repetidas vezes, obrigada a abortar e espancada até perder a consciência, segundo relatou, ano passado, num controverso livro.
“Em liberdade a juíza da Venezuela”, escreveu na sua conta no Twitter um dos advogados da juíza, José Graterol. Semana passada, a promotoria havia solicitado a liberdade de Afiuni, mas a ordem de soltura só foi emitida na tarde desta Sexta-feira.
Afiuni, de 49 anos, terá que se apresentar a cada 15 dias às autoridades e continuará proibida de sair do país ou conversar com a imprensa, enquanto prossegue o julgamento contra ela.