Pelo menos três pessoas morreram, 11 contraíram ferimentos ligeiros e outras seis tiveram traumas ligeiras em consequência de 11 acidentes de viação ocorridos entre 23 e 29 de Março em curso, em diferentes artérias da capital moçambicana.
A velocidade excessiva é apontada como um dos principais factores da sinistralidade rodoviária, facto que concorreu para a ocorrência de sete atropelamentos e quatro choques entre viaturas, segundo Orlando Mudumane, porta-voz do Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) a nível da cidade de Maputo.
Em conexão com esta desgraça, os agentes da Lei e Ordem detiveram três cidadãos acusados de protagonizar acidentes de viação e posteriormente deixar as vítimas à sua sorte.
À luz do Código da Estrada, os acidentes de que resulte morte, por culpa grave, são punidos com pena de prisão de um a três anos e multa correspondente. E quando se trata de casos de abandono voluntário de sinistrados, o responsável por essa prática incorre numa prisão de dois a oito anos, para além das multas correspondentes estabelecidas de acordo a gravidade do caso (artigos 153 e 154).
Orlando Mudumane lamenta o facto de existirem motoristas que não prestam os socorros necessários às vítimas dos acidentes de viação, um comportamento que ele considera desumano. “Infelizmente, continuamos a registar sinistros rodoviários em que alguns automobilistas abandonam as vítimas em situação deplorável. Apelamos a eles para pautarem pela prudência, responsabilidade e por uma condução sem derrame de sangue”, disse o policial.