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Três membros afastados da PRM na Beira, dois deles por assassinato

Três agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) foram expulsos, acusados de cometimentos de assassinato e abandono de postos de trabalho, na cidade da Beira, província de Sofala.

Um dos policiais, ainda em regime de estágio, pediu despensa para se dirigir a capital do país onde pretendia tratar assuntos relacionados com a saúde de um familiar.

Antes de o documento para o efeito ser deferido, Arsénio Júnior rumou para Maputo e só se apresentou novamente ao trabalho volvidos quatro anos, de acordo com o comandante provincial em Sofala, Alfredo Mussa, que falava à imprensa.

O segundo membro foi afastado das fileiras das PRM por ter disparado mortalmente contra cidadão na zona da Praia Nova, na cidade da Beira.

Segundo ele, o policiar infractor – de nome António Benedito – abandonou o seu local de trabalho e dirigiu-se a uma barraca, onde depois de se embriagar matou um indivíduo.

O terceiro elemento, que responde pelo nome de Ali Saide, encontra-se supostamente privado de liberdade e a cumprir uma pena de 24 anos de prisão maior, por matar um jovem a tiro, disse Alfredo Mussa.

O crime ocorreu quando o malogrado tentou filmar o agente da lei e ordem na barraca onde se encontrava a consumir álcool, enquanto estava em missão de serviço e trajado de farda, no bairro de Matacuane.

Na altura dos factos, em Fevereiro de 2016, o autor do disparo estava na companhia de um colega, ambos trajados de uniforme da PRM.

A vítima, identificada pelo nome de Cristóvão Marcos Inoque, de 32 anos de idade, ao se aperceber de que os dois elementos estavam a prevaricar, tentou retratar a situação através de uma fotografia, tendo sido baleado mortalmente, numa manhã de domingo.

Recorde-se que, na cidade da Beira ainda há vários casos de assassinato de inocentes por agentes de Polícia. O desfecho ainda não é conhecido.

Por exemplo, a 11 de Janeiro de 2017, uma criança de 10 anos de idade morreu vítima de bala disparada por um membro da corporação, durante uma operação que supostamente visava recuperar bens roubados, no bairro da Munhava.

Na altura, o autor do tiro, afecto à 11ª esquadra e cuja identidade não foi revelada, colocou-se em fuga deixando a criança e a família da mesma à sua própria sorte.

A 23 de Setembro de 2016, um agente com a categoria de 2º cabo, afecto à 3ª esquadra, tirou a vida de uma criança de apenas três anos de idade, identificada pelo nome de Chocolate Armando, no bairro de Matacuane.

Em vez de prestar assistência à vítima, o policial fugiu mas em pouco tempo foi preso.

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