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TRAC vai agravar entre 11,5% a 60% os preços nas portagens de Maputo e Moamba

TRAC vai agravar entre 11

De aumento em aumento a vida dos “patrões” de Filipe Jacinto Nyusi vai de difícil a péssima, apesar de todas as boas perspectivas governamentais. O próximo aumento – esperemos que antes de 1 de Julho não aconteça outro – é do custo das portagens existentes na estrada que liga Maputo – Ressano Garcia, enganosamente denominada Estrada Nacional nº 4 e concessionada há 20 anos a TRAC, uma sociedade entre capitais sul-africanos em parceria com estatais nacionais e importantes membros do partido Frelimo. Na portagem de Maputo os aumentos vão variar entre os 18% e 60% enquanto na Moamba os preços vão agravar entre 11,5% e 37%.

Embora ainda não tenha havido um anúncio oficial o @Verdade sabe que o Governo aceitou a proposta TRANS African Concession (TRAC) para a revisão dos actuais preços cobrados nas duas portagens existentes entre a cidade de Maputo e a vila fronteiriça de Ressano Garcia.

Os automobilistas que possuem viaturas ligeiras, que no aumento de 2014 haviam sido poupados com a manutenção do preço de 25 definido em 2013, vão sofrer um acréscimo de 20%, tudo indica a partir de 1 de Julho, e passarão a pagar 30 meticais na portagem de Maputo e 150 meticais na portagem da Moamba.

As viaturas classificadas como de classe 2, denominadas meio pesadas, vão pagar mais 18% em Maputo e mais 15% na Moamba.

Os camionistas das viaturas consideradas pesadas é que vão sofrer o maior agravamento em Maputo, 60%, e na Moamba mais 30%.

Os veículos classificados como extra pesados deverão pagar mais 35% na portagem de Maputo e mais 37% na portagem da Moamba.

Importa no entanto recordar que os maputenses e matolenses têm estado a ser enganados pela TRAC, com a cumplicidade dos sucessivos Governo do partido Frelimo, pois a Estrada Nacional nº 4(EN4) oficialmente só inicia no chamado cruzamento da Shoprite. A portagem de Maputo está instalada na Estrada Nacional nº 2 e portanto não deveria estar abrangida por nenhuma portagem.

Ademais esta portagem urbana dista só cerca de 50 quilómetros da portagem da Moamba, o que é de certa forma injusto para os moçambicanos pois do lado sul-africano as portagens distam pelo menos 100 quilómetros uma da outra.

EMOSE, TDM, CFM, EDM, PETROMOC, Aeroportos de Moçambique e Celso Correia na TRAC

Diga-se que esta situação que lesa os moçambicanos não beneficia apenas aos investidores sul-africanos da EN4 mas permite ao Governo extorquir ainda mais os cidadão pois é sócio do empreendimento que é mais uma das Parcerias Público Privadas.

Na TRAC os moçambicanos são accionista através da Sociedade de Desenvolvimento do Corredor do Maputo, SARL, uma sociedade anónima criada em 1997 com o propósito de “Aquisição e gestão de participações sociais na sociedade concessionária da estrada com portagem Maputo-Witbank, denominada TRAC – Trans African Concessions (PTY), Limited, assim como em outras sociedades com sede em Moçambique ou no estrangeiro relacionadas com o desenvolvimento do Corredor de Maputo; e Aquisição e gestão de participações sociais na entidade encarregada da manutenção e do desenvolvimento associado ao troço Maputo-Ressano Garcia do Corredor de Maputo”.

Uniram-se na Sociedade de Desenvolvimento do Corredor do Maputo, SARL as estatais EMOSE, TDM, CFM, EDM, PETROMOC, Aeroportos de Moçambique e “investidores” ocultos da SCI – Sociedade de Controlo e Gestão de Participações.

Contudo o @Verdade conseguiu apurar que um dos investidores anónimos da SCI é a sociedade anónima encabeçada por Celso Correia, o actual ministro da Terra e Desenvolvimento Rural, Insitec Investimentos.

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