Os trabalhadores da Rádio e da Televisão públicas da Nigéria bem como do seu Ministério da Cultura iniciaram esta segunda-feira uma greve de advertência de três dias para exigir uma nova tabela salarial. Esta greve dos trabalhadores filiados nas centrais sindicais União dos Jornalistas da Nigéria (NUJ) e União dos Trabalhadores da Rádio, Televisão e Teatro (RATTAWU) assim como do Ministério da Cultura perturbou a normalidade do serviço noticioso e outros programas no país, estando um serviço mínimo a ser assegurado pelos altos responsáveis destes diferentes departamentos.
Uma reunião sexta-feira entre os sindicatos e o ministro da Informação, Dora Akunyili, terminou num impasse. Num comunicado, o presidente da RATTAWU, Yemisi Bambose, anunciou que depois de ter consultado os seus membros através do país, o sindicato decidiu lançar “uma greve de advertência até 24 de Novembro”.
Ele acusou o Governo de minimizar o valor dos serviços de imprensa o que teria tido como consequência a não aplicação das recomendações da comissão instaurada para exprimir as reivindicações dos sindicatos. Contudo, o ministro da Informação convidou os trabalhadores em greve a interromper o seu movimento e a voltar à mesa das negociações.
Na Casa da Rádio Ikoyi, em Lagos, no sudoeste da Nigéria, que alberga a Rádio Federal da Nigéria (FRCN) e a Voice of Nigeria, os trabalhadores desertaram os locais de trabalho, mantendo as portas da empresa encerradas. Como consequência desta greve, a Voice of Nigeria (VON) interrompeu todos os seus programas, enquanto a FRCN assegura um serviço mínimo, sendo a situação a mesma a nível da Autoridade da Televisão Nigeriana (NTA) em Victoria Island.