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Trabalhadores da EPAR detém funcionários da DNA

Os trabalhadores do Estaleiro Provincial de Águas de Tete (EPAR), centro do país, mantiveram reféns, por algumas horas, quatro funcionários de várias instituições adstritas ao Ministério de Obras Públicas e Habitação (MOPH), reivindicando a resolução do problema de 10 meses de salários atrasados.

A resolução da problemática dos salários está incorporada na decisão que previa também a rescisão colectiva dos contratos de trabalho e a extinção das actividades do EPAR, com o consequente pagamento das indemnizações previstas na lei labor vigente no país.

Entre os reféns, destaca-se Joaquim Jorge, director da Água Rural, que se encontra naquele ponto do país a representar o Director Nacional de Águas (DNA), a chefe do departamento dos recursos humanos do MOPH, conhecida apenas por Odete, a sua secretária de nome Cesaltina e o empresário Pedro Nunes.

Para resgatar os retidos, idos maioritariamente de Maputo, foi necessária uma intervenção da Polícia da República de Moçambique (PRM), decisão que surpreendeu e enfureceu os grevistas já há três meses, que acreditavam ter a solução definitiva para o pagamento dos salários em atraso.

O Secretário do Comité Sindical do EPAR de Tete, Felisberto Andrade, disse que a adopção destas medidas é consequência da falta de cumprimento dos consensos alcançados entre os trabalhadores e as autoridades, cujo prazo acabou em Março último.

Segundo a fonte, a DNA decidiu extinguir as actividades e rescindir colectivamente os contratos dos 55 trabalhadores (dos quais três morreram) do EPAR, segundo o Jornal “Diário de Moçambique”, que afirma também que ela (DNA) recorreu as leis para o efeito.

Andrade explicou, no entanto, que “retivemos os dois enviados de Maputo (Joaquim Jorge e Pedro Nunes) até que a DNA esclareça quem, quando e como serão pagos os salários em atraso. Mandaram Joaquim Jorge e um privado que nem conhecemos para trabalharmos com ele”.

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