Dezenas de trabalhadores da empresa de segurança privada SOS, amontinam-se em frente ao edifício sede, na Cidade de Maputo.
Os trabalhadores da empresa de segurança privada SOS, iniciaram a greve, última Terça-feira. São dezenas de pais e chefes de família que paralisaram as suas actividades para exigir ao patronato o pagamento do salário do mês de Dezembro antes da quadra festiva.
Os grevistas reclamam porque há três anos que passam as festas do Natal e de fim do ano, sem os seus ordenados devido ao pagamento tardio dos mesmos. Segundo os trabalhadores a remuneração do mês de Dezembro é paga em Janeiro. A mesma situação ocorre em relação aos outros meses ano. “Desde 2008 que passamos a quadra festiva sem salário.
“A empresa sempre paga-nos no mês seguinte entre os dias 1 e 10, mas nem sempre cumpre, é normal recebemos mais tarde que isso”- disse Rui Feraz, responsável pelo Comité Sindical da SOS, para a área de conflitos laborais.
Pedro Vitorino presta serviços como segurança a empresa SOS há dez e aufere 2996 meticais mensalmente. Ele aderiu a greve porque não deseja passar o mês de Dezembro sem vencimento, “sinto-me lesado com esta situação, várias vezes vi meus vizinhos a festejarem, enquanto minha família padecia. Os meus filhos são os que mais sofrem com isso.” – disse.
Outra questão que preocupa os funcionários da SOS, é a falta de assistência jurídica a alguns trabalhadores que se encontram presos acusados de envolvimento em crimes e os despedimentos frequentes na empresa.
“Aqui existe perseguição de trabalhadores, dentro de um mês chegam a despedir cinco pessoas. Temos alguns colegas que estão encarcerados nas cadeias acusados de cometer crimes, mas a empresa não ajuda. E em caso de soltura, a pessoa perde emprego” – comentou Agostinho Banze, secretário do comité sindical da SOS.
Agostinho Banze disse que o facto que está a acontecer na SOS e do conhecimento do Ministerio do Trabalho. Também acrescentou que o comité sindical entrou com contacto com a direcção da empresa de modo a discutir os problemas que afectam a classe trabalhadora mas de nada adiantou.
Os manifestantes afirmaram que pretendem continuar com a greve caso não haja um consenso com o patronato. Estes ameaçam não permutar os colegas que estão nos postos de trabalho nos próximos dias.
As nossas tentativas para o @Verdade ouvir a opinião da direcção da empresa, em relação ao sucedido de nada valeram, havendo recebido a informação de que o administrador da SOS, estava ausente.
A empresa de Segurança Privada SOS, emprega aproximadamente 800 trabalhadores e possui delegações, na cidade de Maputo, Matola, Tete e Nampula.