Tóquio derrubou Moscovo da posição de cidade mais cara do mundo para os expatriados em 2009, principalmente pela volatilidade das taxas de câmbio durante a crise econômica mundial, segundo um estudo anual publicado esta terça-feira pela empresa de consultoria americana Mercer.
O estudo, baseado nos preços de quase 200 bens e serviços (hospedagem, alimentação, transporte, vestuário, lazer, etc) em 143 cidades do mundo, duas metrópoles japonesas, Tóquio e Osaka, aparecem como as cidades mais caras do mundo. Moscovo caiu do primeiro para o terceiro lugar. “Como consequência direta da desaceleração econômica desde o ano passado, observamos flutuações significativas na maioria das moedas do mundo, o que teve um profundo impacto na classificação deste ano”, explica Nathalie Constantin-Métral, funcionária da Mercer.
“Muitas moedas, como o euro e a libra esterlina, desvalorizaram consideravelmente em relação ao dólar, o que resultou em queda na classificação de certas cidades europeias”, completou. O estudo anual da Mercer toma como referência o custo de vida em Nova York, que recebe o índice 100. O das demais cidades é calcula sobre esta base.
Tóquio atingiu assim o índice 143,7. Londres, que ano passado era a terceira cidade mais cara do mundo para os expatriados, sofreu uma forte queda e a aparece na posição 16. Oslo, quarta em 2008, caiu para 14ª colocação. Já Nova York subiu da posição 22 para a 8 e Pequim da 20ª para a nona. Genebra também subiu quatro postos e se tornou a quarta cidade mais cara do planeta, à frente de Hong Kong, Zurique e Copenhague. Paris caiu da 12ª para a 13ª posição. A queda mais expressiva foi a de Varsóvia, que passa do número 35 ao 113.
Johanesburgo caiu para a última posição, uma consequência da desvalorização do rand em relação ao dólar.