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Tomo expõe “Percepções das Esquinas”

Fim de SemanaEstá patente, até ao dia 16 de Junho próximo na galeria Kulungwana, na Estação Central dos CFM, em Maputo, a mais recente exposição do artista plástico Tomo, intitulada “Percepções das Esquinas”, que conta com o apoio do Standard Bank.

A exposição, inaugurada na última quinta-feira, 25 de Maio, é constituída por 10 quadros, alguns dos quais pintados com recurso a uma técnica mista, com a utilização de “collages” com fragmentos de figuras, objectos e elementos escritos, portadores de reflexões que o artista exterioriza relativamente ao mundo imediato que o cerca.

Segundo o artista, “Percepção das Esquinas” é uma forma de despertar as pessoas para a necessidade de se prestar atenção às esquinas, pois, no fim das contas, elas é que formam a cidade.

“Podemos até não perceber quando estamos na rua, mas há uma dinâmica muito envolvente das pessoas, viaturas, etc. Mas essa movimentação não se limita a isso. As pessoas usam as esquinas como pontos de referência, por exemplo. E é disso que a nossa vida é feita”, explicou o artista, que agradeceu o apoio do Standard Bank para a realização desta exposição.

“É louvável o apoio do Standard Bank, que engrandece a nossa cultura. O movimento cultural do País devia ser consequência deste tipo de iniciativas, que fazem os artistas se sentirem valorizados e estimulados a produzir”, considerou Tomo.

Por seu turno, o director de Operações do Standard Bank, Alfredo Lemos, explicou que o apoio a esta exposição resulta do facto de o banco ter feito, recentemente, uma revisão à sua política de patrocínios e responsabilidade social, tendo acrescentado a cultura aos pilares da educação, saúde e desporto.

Nesse contexto, Alfredo Lemos referiu que “o Standard Bank apoiou, pela primeira vez, em 2016, a realização do IX Festival Nacional de Cultura e o lançamento do último trabalho discográfico do guitarista moçambicano Jimmy Dludlu”.

Esta é a segunda vez que o banco apoia a realização de uma exposição, tendo a primeira sido em 2014, alusiva aos 50 anos de carreira do artista plástico Samate Mulungo.

Tomo, nome artístico de Bernardo Carrula Tomo, nasceu em Maputo e começou a interessar-se pela música nos anos 70, tendo actuado em diversos locais de entretenimento da cidade de Maputo. Foi professor durante vários anos e em 1982, fascinou-se pelo desenho e começou a pintar. Expõe desde 1990 e já participou em muitas exposições colectivas em África e na Europa, assim como em workshops nacionais e internacionais.

Obteve o prémio de pintura na Bienal TDM de 1999, e o segundo lugar na edição de 2001, assim como o segundo lugar na Anual do Musart, também em 2001.

Realizou uma exposição individual em 2005, no Núcleo de Arte, agremiação de que já foi secretário-geral. A quarta e a quinta exposições individuais tiveram, respectivamente, como títulos “Janela do Mendigo” e “Índico”, tendo a última sido realizada na Suiça.

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