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Tensão político-militar causa danos financeiros ao MINED

A tensão político-militar perpetrada pelos homens armados da Renamo causou danos financeiros calculados na ordem de três milhões de meticais (cerca de 100 mil dólares norte-americanos) ao Ministério da Educação (MINED), montante que a instituição investiu para garantir a realização de exames especiais a alunos das regiões afectadas pelo conflito na província central de Sofala.

Um total de 766 alunos foram submetidos a exames especiais, em Fevereiro, na sequência de não terem podido ser avaliados na época normal das avaliacoes (Dezembro) devido ao conflito nas regiões de Muxungoe e Gorongosa.

Falando a margem da IX reunião nacional do conselho técnico do Conselho Nacional de Exames, Certificação e Equivalências (CNECE), que termina hoje na vila municipal de Bilene, província de Gaza, o director nacional deste órgão, Jafete Mabote, explicou que a cifra gasta serviu para assegurar as condições logísticas inerentes ao processo.

Mabote acrescentou que, no mesmo gasto financeiro, a província de Gaza, na sequência da anulação, em Dezembro de 2013, dos exames normais por causa da fraude académica, viu-se obrigado a avaliar especialmente alunos em todas as disciplinas da 10ª e 12ª classes, nas escolas dos distritos de Chibuto, Bilene, Chókwè, cidade e distrito de Xai-Xai.

“A nível central, despesas foram feitas na concepção e impressão dos exames. A nível provincial, as despesas cingiram-se em equipas de supervisão, as que são deslocadas ao terreno para efectuar o seu respectivo trabalho, entre outras”, disse Mabote.

Num outro desenvolvimento, o director da CNECE afirmou que foram introduzidas novas medidas para garantir a fiabilidade do processo de certificação e equivalências no país, sobretudo na filtragem dos pedidos dos certificados provenientes de países estrangeiros.

“Para quem traz o certificado de um determinado país para Moçambique, primeiro obriga-se a homologar esse certificado no ministério que superintende a Educação nesse país, no ministério dos negócios estrangeiros desse país e na nossa representação diplomática nesse país, caso houver”, referiu.

Mabote sublinhou que, com esta medida, o MINED pretende obter a garantia de que o governo daquele país reconhece a instituição emissora do certificado e que esta foi acreditada para conferir o grau daquele nível.

Refira-se que o processo de atribuição de certificados e equivalências para os estrangeiros e/ou para moçambicanos que se formaram fora do país é administrado pelo MINED, porém, a homologação da certificação e equivalência dada nos ministérios do país de origem constitui uma inovação.

Mabote afirmou que para o estrangeiro que apresentar somente o diploma da escola onde obteve o grau académico e que o mesmo não passou pelos referidos ministérios (de educação, dos negócios estrangeiros) ou representações diplomáticas, “esse certificado ainda não está em condições para ser analisado e ser reconhecido em Moçambique”.

A IX reunião nacional do conselho técnico do CNECE decorre sob o lema “Construindo Competências para um Melhor Desempenho nos Exames”.

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