Tempestades sucessivas nas Filipinas, incluindo o Tufão Melor, deixaram 1,7 milhão de pessoas temporariamente desabrigadas, disseram socorristas, e o presidente filipino, Benigno Aquino, distribuiu alimentos nesta quarta-feira nas áreas mais assoladas pelo desastre.
Pelo menos 41 pessoas morreram quando o Melor atingiu o centro das Filipinas no dia 15 de Dezembro, inundando vilas, danificando plantações e interrompendo o fornecimento de energia de seis províncias.
Conhecido localmente como Nona, o Tufão Melor danificou ou destruiu cerca de 200 mil casas nas províncias de Mindoro Oriental, Samar do Norte e Sorsogon, informou a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho (IFRC, na sigla em inglês).
Os danos causados à agricultura e à infraestrutura estão estimados em 99 milhões de dólares, de acordo com a IFRC, que pediu 3,8 milhões para poder prestar assistência de emergência aos sobreviventes.
“Estes acontecimentos de desastres múltiplos tornaram a vida extremamente difícil para as comunidades, algumas das quais foram atingidas por ondas de inundação repetidas”, disse Kari Isomaa, chefe do IFRC nas Filipinas, num comunicado.
As chuvas continuam na maior parte do país, com alagamentos e deslizamentos de terra em algumas províncias. A visita de Aquino a famílias desabrigadas de Mindoro Oriental e Samar do Norte ocorreu um dia depois de rebeldes maoístas atacarem um caminhão do Exército que entregava equipamentos para a limpeza dos destroços causados pelo tufão.
O coronel Restituto Padilla, porta-voz dos militares, afirmou que um soldado foi morto no ataque de terça-feira, o que pode atrapalhar os esforços de socorro em áreas afetadas pelo Melor.
“Isso divide nosso foco na missão primária diante de nós e desvia uma ajuda muito necessária do esforço principal de salvar vidas”, explicou Padilla. As Filipinas são um dos territórios mais vitimados por desastres naturais, com uma média de 20 tufões por ano.