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Telemóveis – Android em linha

Os Androids estão a invadir a Terra. Eles assumem várias formas, tamanhos, cores e, principalmente, preços. Instalam-se no seu bolso ou colam na sua orelha.

 

Android é o nome do sistema operacional desenvolvido pelo Google para telefones inteligentes, smartphone, aqueles que têm acesso à internet e permitem usar programas similares aos dos computadores. Segundo o Google, são vendidos 200 mil aparelhos com o sistema Android por dia no mundo inteiro.

 

De todos os sistemas para os telefones inteligentes, o Android é o que mais cresce. Em 2009 foram vendidos 6,7 milhões de aparelhos com Android e este ano o número será de 47,4 milhões. A previsão da consultoria Gartner é que em 2014 o Android será o sistema para telemóveis mais popular do planeta. Mas o que isso significa para si?

A chegada do Android certamente já deu impulso para a popularização dos smartphones. Graças a ele o mercado oferece cada vez mais op ções de modelos e sistemas. O Google não cobra nada pelo programa, e a sua existência permite que as empresas preocupem-se apenas com o desenvolvimento dos aparelhos.

Fica tudo mais barato, e os fabricantes aceleraram o lançamento de seus produtos. O resultado disso é uma verdadeira batalha pelos consumidores e pelos empreendedores que fazem programas criativos para os telefones móveis.

De acordo com a consultoria Gartner, 2010 é o ano de maior crescimento nas vendas de smartphones. No primeiro trimestre deste ano, a fabricação de telemóveis inteligentes aumentou em 50% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto os telemóveis comuns no mesmo período cresceram apenas 17%.

Se esses telemóveis com poder para navegar na internet, filmar e mandar mensagens facilitam a vida de quem os usa, tornam mais complicada a decisão na hora de comprar. A primeira delas é qual sistema operacional escolher.

Assim como os computadores usam sistemas concorrentes como o Windows, da Microsoft, e o Mac OS, da Apple, os telemóveis também têm os seus programas básicos, para os quais são escritos os programinhas e os jogos que as pessoas usam.

Dependendo do sistema, o telemóvel pode ser mais fácil de usar, ter mais opções de programinhas e sincronizar sem problemas com o seu email profissional. Esse mundo de abundância de programas e navegação intuitiva no telemóvel foi inaugurado em 2007, com o lançamento do iPhone, da Apple.

Antes dele, os smartphones já se comunicavam com a rede, mas eram difíceis de usar. O iPhone apresentou um ambiente com lógica fácil e uma tela que reage ao comando de toques. Mas o principal trunfo da Apple foi a maneira como Steve Jobs construiu sua loja de aplicativos, a App Store. Já existem 250 mil programas oferecidos na loja e com eles o iPhone tomou-se um modelo aparentemente imbatível – até a chegada do Android.

A existência do Android pode provocar no mercado de telemóveis o mesmo que aconteceu com a consolidação do Windows para computadores, na década de 1990. O sistema operacional da Apple permitiu que várias empresas entrassem no negócio dos PCs, popularizando rapidamente os aparelhos. Mas ainda é cedo para dizer que o Android será para os telemóveis o mesmo que o Windows foi para os PCs.

Outros fabricantes estão a reagir. A Microsoft anunciou na semana passada os sete primeiros aparelhos com o Windows Phone 7 Series, uma versão totalmente reformulada do Windows Mobile. Ela oferece integração fluente com o Windows, presente em 90% dos computadores do mundo.

A Nokia, que tem 40% do mercado de smartphones do mundo, está a lançar o seu sistema Symbian 3, o primeiro bem adaptado à tela de toque e realmente competitivo com os aparelhos de ponta. A Samsung, que continua a desenvolver o seu sistema próprio, o Bada. E a HP, que comprou este ano a Palm, criadora do Web OS, outro sistema capaz de funcionar em diferentes aparelhos. Quem vai dominar o mundo? Provavelmente, ninguém.

Segundo analistas, as operadoras, que decidem o preço dos aparelhos e fazem adaptações para vender serviços nos telemóveis, não deixarão ninguém sobressair. O interesse delas é ver o mercado dividido entre quatro ou cinco para ter diversidade de marcas e preços. E essa competição também será boa para o utilizador.

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