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Tartarugas encurraladas em queimas de petróleo da BP no golfo do México

Biólogos denunciam que estão a ser postos em perigos animais protegidos nas acções de limpeza do crude. As tartarugas-marinhas e outros animais estão encurralados em regiões delimitadas pelas equipas da BP onde ateiam o fogo para queimar manchas de crude no mar do golfo do México.

A denúncia foi confirmada pela Administração Obama. “Os protocolos incluem ter atenção à vida selvagem antes de se atear o petróleo”, disse o porta-voz da Administração dos Oceanos e da Atmosfera (NOAA) citado pelo The Guardian. A BP tem ordens para evitar as tartarugas, garantiu. As organizações ambientalistas estão a pressionar a BP para evitar as tartarugas. “É criminoso e cruel e têm de ser responsabilizados”, disse Carole Allen, directora do Projecto de Conservação das Tartarugas do Golfo. Os cientistas estão a pressionar para ter acesso aos locais de queima.

Nos dias bons em que não há vento no mar, a BP faz incêndios controlados em vastas extensões com petróleo. A zona é fechada com diques flutuantes resistentes ao fogo para que as chamas não se alastrem. O problema denunciado pelos biólogos é que o óleo e uma alga chamada sargaço juntam-se nas mesmas regiões. As regiões com sargaço são importantes para as tartarugas-marinhas jovens, que não conseguem mergulhar até ao fundo para se alimentar. Mas quando a BP chega ali, as tartarugas ficam presas. “Arrastam os diques entre dois barcos, levam o que ali exista e lançam fogo.

Se as tartarugas estiverem lá dentro, já não conseguem sair”, disse o conservacionista Mike Ellis, que tem um vídeo no YouTube a denunciar que a BP impedia os conservacionistas de salvarem as tartarugas. Já foram encontradas mortas mais de 425 tartarugas na região do derrame do petróleo, desde 30 de Abril. As organizações ambientalistas estão a pressionar a administração norte-americana para processar a BP por matar espécies em perigo durante a operação de limpeza. Matar uma tartaruga-marinha pode dar direito a uma multa superior a 40 mil euros. Esta tragédia ameaça o ninho mais importante de tartarugas-marinhas da região ocidental do Atlântico.

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