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Tanzania recoloca marcos na fronteira com Moçambique

O Ministério tanzaniano de Terras, Habitação e Desenvolvimento do Reassentamento Humano iniciou o processo de recolocação de marcos demarcadores de fronteira com Moçambique. O exercício, que vai contemplar os outros países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), surge na sequência de informações dando conta da retirada dos faróis luminosos indicadores da delimitação da fronteira comum entre a Tanzânia e os países vizinhos.

Patrick Rutabanzibwa, Secretário Permanente daquele órgão central do Executivo tanzaniano, disse a Contabilidade Pública que o governo está ciente do problema e trabalha na busca da sua solução. “O exercício já começou na fronteira entre a Tanzania e Moçambique… e constatamos que alguns demarcadres estão deslocados e, por isso, acreditamos que algum espaço da Tanzânia esteja agora em território de outros países”, explicou Rutabanzibwa.

Rutabanzibwa disse, a título de exemplo, que o problema é mais preocupante no extremo sul, onde a Tanzânia partilha fronteira com Moçambique e Malawi, ao longo do Lago Niassa, em Mbeya com a Zâmbia, assim como no extremo norte com o Quénia.

A fonte disse ainda que o governo está a mobilizar fundos para financiar a avaliação de todas as áreas fronteiriças onde foi identificada a existência do problema, e a operação já iniciou na fronteira comum entre aquele país e Moçambique. O director de avaliação de terras, Selasini Mayunga, disse a Contabilidade Pública que alguns faróis nas fronteiras foram retirados por pessoas desconhecidas. Porém, Ponsiano e Nyami, parlamentar da região de Nkasi, referiu ter ouvido de fontes seguras que no norte da Tanzânia uma faixa de cerca de um quilómetro na fronteira passou para o país vizinho. Mayunga afirmou que o ministério já começou a avaliar a terra em vários pontos fronteiriços e uma parte foi já recuperada.

Um outro funcionário sénior do ministério disse que o exercício já começou também na fronteira entre a Tanzânia e o Quénia e apenas 325 quilómetros estão por recuperar. A fonte adiantou que o governo já discutiu a questão do conflito fronteiriço de Tunduma com a Zâmbia, na tentativa de levar a cabo uma nova avaliação da área. “Constatamos igualmente que alguns indivíduos desconhecidos retiraram os faróis demarcadores na fronteira, mas nós temos em vista um plano de reavaliação da área e recuperar o material roubado”, disse. Segundo a fonte, o ministério tem um mapa mostrando as verdadeiras fronteiras e não é fácil qualquer país vizinho as alterar.

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