A capital da Tanzânia, Dar es Salaam, acolhe de quarta até sexta-feira desta semana a 20ª reunião do Fórum Económico Mundial, que vai decorrer sob o lema “Repensando no Crescimento Estratégico de África”. Cerca de mil participantes de 85 países são esperados no encontro, entre Chefes de Estado e governos.
A diretora para África da WEF, Katherine Tweedie, indicou que 2010 é um ano especial por coincidir com a celebração do 20º aniversário do seu Fórum em África. Este continente festeja igualmente os 50 anos do início do seu movimento para a independência que transformou a paisagem geopolítica do continente. “O encontro vai reunir os líderes, para encontrar soluções apropriadas na altura em que África e o resto do mundo buscam soluções à crise económica”, indicou.
O WEF indicou que a crise económica impulsionou a aplicação das reformas tão esperadas. Mercados emergentes, dos quais os de África, são os primeiros a mostrar sinais de retomada e espera-se que eles contribuam de maneira significativa para o crescimento económico mundial na próxima década, indica a fonte. A reunião vai oferecer aos líderes uma plataforma sobre como fazer face aos problemas e aproveitar a crise para produzir um roteiro duradouro para o futuro de África.
Vários chefes de Estado e de Governo de África confirmaram a sua participação. Trata-se, entre outros, dos Presidentes Armando Emilio Guebuza de Moçambique, Paul Kagame do Ruanda, Ali Ben Bongo Ondimba do Gabão, Hifikepunye Pohamba da Namíbia, Jacob Zuma da África do Sul e Boni Yayi do Benin. Os primeiros-ministros Raila Amolo Odinga do Quénia, Morgan Tsvangirai do Zimbabwe e Meles Zenawi da Etiópia estarão igualmente presentes na reunião.
O WEF é uma organização internacional independente empenhada na melhoria da situação económica do mundo , tendo assumido compromissos com líderes em termos de parceria para formular programas industriais à escala regional e mundial.
O Fórum afirma que nos debates, a serem realizados em 55 sessões separadas, analisar-se-a como os países africanos estão a gerir as relações com os principais parceiros económicos, com uma tendência crescente de cooperação Sul-Sul. “Numa altura em que a África se junta a Índia e China ultrapassando a marca de um bilião de pessoas, a sua população jovem, recursos naturais e potencial de mercado são catalisadores para um crescimento significativo e desenvolvimento”, refere o comunicado do Fórum.
Contudo, para aproveitar esse potencial, o Fórum Económico Mundial defende a resolução dos “obstáculos prevalecentes”, que incluem o acesso a educação, saúde e capital sustentável. Os debates na conferência vão incidir sobre novos modelos de governação e uma abordagem unificada para garantir a paz e segurança em áreas conturbadas.