A presidente da Liga dos Direitos Humanos (LDH), Alice Mabote, defende haver necessidade de se promover o bom nome do pais, mas que isso não deve inibir que se faca uma analise realista sobre a situação actual dos direitos humanos no pais. “Como moçambicanos que somos temos que nos preocupar com a preservação do crédito e do bom nome do país, porem, este facto não nos inibirá de fazer uma análise realista sobre a situação actual dos direitos humanos no país”, afirmou Mabote.
Ela falava esta segunda-feira, na cidade de Maputo, na abertura do Seminário, de um dia, de Apresentação e Discussão do Relatório Preliminar de Moçambique ao Mecanismo de Revisão Periódica Universal do Conselho dos Direitos Humanos (MRPU). A presidente da LDH reiterou que no relatório alternativo que esta organização vai enviar ao Conselho de Direitos Humanos serão assinalados os progressos ocorridos na área, todavia “não deixaremos de assinalar aqueles factos que, na nossa óptica, constituem constrangimentos e retrocessos, para que sejam removidos”.
A expectativa da LDH é que a colaboração entre o Governo e a sociedade civil, nesta matéria, não termine com a presente consulta. “Gostaríamos que essa abertura continuasse quando a sociedade civil estiver a elaborar o relatório alternativo, e durante o diálogo interactivo no Conselho de Direitos Humanos, em 2011, bem como durante a implementação das recomendações e dos compromissos de metas que o país vier a adoptar”, referiu Mabote.
É igualmente expectativa da LDH, segundo Mabote, que em 2014, quando iniciar o segundo ciclo de revisão, “todos possamos nos orgulhar de ter participado desta primeira experiência e que os ganhos da mesma sejam notórios para todo o Moçambique”.