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Taça de Portugal – 2ª mão meias finais: Benfica vs FC Porto

Taça de Portugal - 2ª mão meias finais: Benfica vs FC Porto

Benfica e FC Porto defrontam-se esta quarta-feira às 21h30 pela quinta vez esta temporada, num duelo em que os portistas levam vantagem numérica (três vitórias e uma derrota) e psicológica (já garantiram o campeonato e têm 19 pontos de avanço sobre o rival). Mas desta vez é o Benfica que sai à frente: joga em casa, pode gerir o triunfo de 2-0 alcançado no Dragão e sabe que o rival raramente conseguiu na Luz o resultado de que necessita para passar à final da Taça de Portugal.

Se a estatística pudesse ser utilizada para definir as hipóteses de chegar à final, o FC Porto ficaria com uns míseros dois por cento (em rigor 1,98 por cento). É que, se olharmos para o historial dos 101 jogos entre as duas equipas no estádio do Benfica, apenas em duas ocasiões os portistas conseguiram no campo do rival um resultado que permitiria hoje ganhar um lugar no Jamor frente ao V. Guimarães: a primeira foi um triunfo por 4-2 (1986-87) e a segunda um 5-0 (96-97), ambas em jogos da segunda mão da Supertaça.

Nesses dois jogos, o FC Porto partiu para a segunda mão com uma ligeira desvantagem (1-1 em 86-87) ou mesmo na frente (1-0 em 96-97). Desta vez, porém, tem de inverter um resultado mais desnivelado, o que torna mais complicada a missão. “Também era improvável que o Benfica fosse ganhar ao Dragão por 2-0. Ninguém esperava que acontecesse.

Agora também não se sabe o que pode acontecer”, diz Augusto Inácio, que fazia parte do plantel portista em 86-87 – na tal vitória por 4-2, com golos de Madjer, Futre (2) e Gomes. O outro triunfo que hoje valeria a qualificação foi um 5-0 de 96-97 (António Oliveira era o treinador), quando marcaram Artur, Edmilson, Jorge Costa, Wetl e Drulovic.

Houve ainda um terceiro resultado (2-0 no campeonato de 50-51), que permitiria aos portistas levarem hoje o jogo para prolongamento e penáltis. “Não será surpresa nenhuma, se o FC Porto marcar dois golos, mas o Benfica também costuma marcar em todos os jogos. A incógnita é se consegue marcar três golos sofrendo só um ou não sofrendo”, diz Inácio, para quem os dois clubes têm “plantéis extraordinários”, embora o “FC Porto seja mais equipa do que o Benfica”.

A complicar os cálculos portistas surge ainda o rendimento ofensivo da formação de Jorge Jesus, que marcou sempre nos 31 jogos anteriores oficiais desta temporada – a última vez que o ataque “encarnado” ficou em branco aconteceu em Israel, a 24 de Novembro passado, frente ao Hapoel (3-0).

Este clássico marca também mais um episódio no “campeonato” particular entre “dragões” e “águias”. Nos 219 duelos anteriores, os portistas levam uma ligeira vantagem (84 vitórias, contra 82, além de 53 empates), embora na Taça de Portugal a vantagem seja claramente dos “encarnados”, com 20 vitórias, cinco empates e sete derrotas – o FC Porto, aliás, nunca ganhou em casa do Benfica para a Taça.

Numa época em que a rivalidade entre “dragões” e “águias” está nos píncaros, a discussão faz-se também no número de títulos conquistados. Sem contar com a Taça Latina – que o Benfica venceu em 1949-50, mas não é considerada uma competição oficial -, os dois clubes estão empatados, com 67 troféus, incluindo já o campeonato deste ano para o FC Porto.

No sábado, o Benfica joga a final da Taça da Liga frente ao Paços de Ferreira, podendo isolar-se nesta contabilidade. O jogo de hoje decidirá quem vai à final da Taça e as duas equipas estão ainda em prova na Liga Europa, sendo até possível uma final entre os dois, caso os nortenhos eliminem o Villarreal e os lisboetas ultrapassem o Sporting de Braga. Assim, a eterna rivalidade continua e o duelo de hoje, na Luz, pode não ser o último da temporada.

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