O vencedor da Taça de Moçambique, o Ferroviário de Maputo, será o segundo clube moçambicano a entrar em cena nas competições africanas. O palco das emoções da eliminatória da Taça CAF será o já denominado “talismã” locomotiva, o Estádio Nacional do Zimpeto, frente ao Al Ahly Shandy do Sudão no sábado,quando o relógio marcar as 19 horas.
Motivada pelo excelente momento em que se encontra e para chegar a esta fase, a turma locomotiva levou de vencida na pré-eliminatória o Gor Mahia do Quénia pelo agregado de 4 – 0. Em abono da verdade, diga-se, nem tudo corre de feição. O Ferroviário, depois do jogo da segunda mão contra o Gor Mahia, não teve lá muita produtividade em termos de qualidade.
Apesar de ter vencido, por um escasso 1 – 0, defrontou apenas o Ferroviário de Nampula cujo jogo deixou muito a desejar para aquilo que se espera duma equipa a competir numa prova africana. Até porque, pese embora o desconhecimento em relação ao adversário, a turma de Nacir precisa de melhorar em alguns aspectos considerados pontuais como, por exemplo, o capítulo da finalização e a solidez defensiva para que a caminhada continue triunfante.
Na antevisão do jogo, Nacir Armando, citado por um semanário da praça, previu a segunda mão como sendo a mais difícil em comparação com a deste sábado, primeiro porque, chegado a Kartum, terá de deslocar-se de autocarro num percurso de cerca de 300km até ao Campo do Al Alhy e, em segundo, por ter de aguentar com as condições climatéricas que chegam a atingir os 50 graus centígrados.
Sobre a primeira mão, Nacir Armando contou que o Ferroviário joga em casa e, guiado pelo espírito “mandão”, vai dar o máximo de si procurando marcar nos instantes iniciais como tem sido habitual no Zimpeto. No decurso do jogo, sem sofrer, o objectivo será dilatar o marcador de forma a evitar surpresas no Sudão.
“Temos que sair do Zimpeto com o jogo ganho. Não interessa a margem. Mesmo que seja tangencial, o importante é que depois se saiba defender esta vantagem com garras e dentes”, finalizou Nacir Armando, citado pelo jornal desportivo “desafio”.
Na lista de ausências no Ferroviário de Maputo desfilam Kampango, Fanuel e Paíto, não inscritos na CAF, e Luís que até então constituía uma dúvida no sector ofensivo locomotiva por estar a recuperar de uma lesão, aguardando ainda pelo relatório médico.
El Ahly Shandy
Do clube apenas sabe-se apenas que ascendeu recentemente à principal divisão do futebol da terra de Omar Al Bashir e que terminou na quarta posição do campeonato com uma diferença pontual enorme, o que lhe retira o mérito como equipa assombrosa. E porque a selecção do Sudão é constituída apenas por jogadores que militam dentro de portas, o El Ahly também abastece.
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