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Suspenso Polícia de Trânsito filmado a extorquir um automobilista em Moçambique

O agente da Polícia de Trânsito que em finais do ano passado foi filmado a extorquir um automobilista e cujo vídeo foi publicado nas redes sociais já foi identificado e suspenso da corporação.

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O referido agente está afecto ao Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) na província de Maputo, segundo o porta-voz do Gabinete Central de Combate à Corrupção(GCCC), Bernardo Duce, que falava no briefing mensal sobre o desempenho institucional que continua sem apresentar casos de grande corrupção.

“Nos finais do ano passado circulou nas redes sociais um vídeo que mostrava um agente da Polícia de Trânsito em pleno exercício das suas funções a interpelar um automobilista, e no lugar de proceder à fiscalização rodoviária através da exigência dos documentos do automobilista o agente disse que “estava naquele lugar porque necessitava de dinheiro e não para fiscalizar cartas de condução”, conta.

A partir do referido vídeo o GCCC iniciou uma investigação e concluiu tratar-se de um quadro afecto ao Comando da Polícia na província de Maputo. Na sequência disso e depois dos outros procedimentos, foi deduzida a acusação do processo e remetido ao tribunal para termos subsequentes. Sabe-se ainda que com estes mesmos factos o polícia está suspenso do exercício das suas funções e corre contra ele o processo disciplinar”, disse Duce.

Entretanto, sublinhou que um outro processo e já acusado envolve um agente da Polícia de Investigação Criminal (PIC) da Machava, no município da Matola, detido em flagrante delito pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção. Conforme explicou Bernardo Duce, o que aconteceu com relação a este agente foi que, sendo instrutor de um processo-crime em que uma cidadã se queixava de ter sido vítima de um crime de roubo e, na sequência desse crime foi detido um jovem, dois dias depois a vítima solicitou que o processo fosse extinto com relação ao jovem porque concluiu que ele não estava envolvido nesse crime de roubo.

“O indiciado foi restituído à liberdade e o agente da PIC solicitou do pai desse jovem cinco mil meticais alegando que ainda havia outros procedimentos a seguir, o que não correspondia à verdade. Na ocasião o pai do jovem não dispunha desse valor, tendo entregue metade ao agente da PIC, ficando por pagar o restante numa outra ocasião. Foi no acto da entrega da segunda tranche do pagamento que o referido agente da PIC foi surpreendido em flagrante pelos investigadores do GCCC. De acordo com Duce, o processo correspondente já foi acusado e remetido a tribunal para julgamento.

Mais uma vez o relatório do Gabinete Central de Combate à Corrupção só apresenta casos de pequena corrupção. “As estatísticas que o Gabinete de Combate à Corrupção apresenta mensalmente mostram claramente que a grande corrupção é simplesmente posta de lado” afirmou recentemente o Director do Centro de Integridade Pública, Adriano Nuvunga, que acredita que a falta de investigação de grande casos de corrupção deve-se provavelmente ao facto de envolver “figuras ligadas à elite política e aos altos funcionários da Administração Pública”.

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