As negociações entre o patronato e o sindicato maioritário das minas de ouro sul-africana foram suspensas suspensas nesta quarta-feira, segundo dia da greve. “A greve continua, nós não fomos convidados às novas negociações para discutir as nossas reivindicações”, declarou Lesiba Seshoka, o porta – voz do NUM , o sindicato histórico das minas.
Seshoka desmentiu as informações da imprensa afirmando que o NUM havia baixado as suas exigências, de 60 para 10% dos aumentos salariais. “O NUM não desceu para 10% , isso não é verdade, a nossa reivindicação continua inalterável, mas estamos abertos às negociações”, disse.
Segundo a imprensa sul-africana, Seshoka terá entretanto dito que estava disposto a aceitar” uma oferta de duas cifras”, sem precisar a percentagem O patronato das minas propõe um aumento de 6,5%, ou seja cerca de meio ponto acima da taxa de inflação. O NUM exige 60% e o sindicato rival AMCU, minoritário nas minas de ouro pede 150%.
Das 23 minas de ouro existentes no território sul-africano, 17 encontram-se encerradas devido a greve e outras seis em operação. Circulam informações de alcance de um precário entendimento em duas minas que dita o aumento salarial em 8%.
A África do Sul perde diariamente cerca de meio bilião de randes devido a greve do sector das minas de ouro. Caso o novo sindicato AMCU, com maior representação nas minas de platina decidir entrar também de greve, esta situação poderá fragilizar mais a já debilitada economia sul-africana.