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Suspeitos de planear atentado ferroviário no Canadá vão a tribunal

Dois homens acusados de envolvimento num suposto plano da Al Qaeda contra um comboio de passageiros no Canadá compareceram, Terça-feira (23), à primeira audiência judicial do caso, e o advogado de um deles disse que o seu cliente irá contestar as acusações vigorosamente.

Raed Jaser, de 35 anos, e Chiheb Esseghaier, de 30, foram detidos, Segunda-feira, em duas acções que, segundo a polícia, estavam relacionadas a uma investigação iniciada em meados de 2012, depois da denúncia de um membro da comunidade muçulmana.

Jaser foi preso na sua casa, na zona norte de Toronto, e Esseghaier num McDonald’s da principal estação ferroviária de Montreal. As autoridades dos Estados Unidos dizem que os suspeitos trabalharam num plano que envolveria a explosão de uma ponte no lado canadense da fronteira quando um comboio Maple Leaf (conexão diária da empresa Amtrak entre Toronto e Nova York) passasse pelo local.

A polícia canadense limitou-se a dizer que o plano envolveria um comboio de passageiros na região de Toronto. As autoridades disseram que os comboios e passageiros não chegaram a estar directamente ameaçados. Jaser, barbado e usando boné preto, chegou ao tribunal da Prefeitura Velha de Toronto num carro da polícia.

A imprensa foi proibida de dar detalhes da audiência. “Ele nega as acusações e irá defender-se vigorosamente delas”, disse o seu advogado, John Norris, em frente ao tribunal. Segundo ele, o seu cliente está em estado de “choque e descrença”. Norris disse que o sigilo judicial sobre o caso impede-o inclusive de revelar a nacionalidade de Jaser, mas ele informou que o seu cliente reside no Canadá há 20 anos.

Já Esseghaier, um tunisiano que faz doutorado na região de Montreal, foi levado de avião, Segunda-feira, para Toronto, mas logo voltou a Montreal, por causa da exigência judicial de que comparecesse a um tribunal da província de Québec dentro de 24 horas depois da sua detenção.

De barba e óculos, vestindo casaco azul e preto e com algemas nas mãos e pernas, ele disse ao juiz que as acusações contra ele baseiam-se em factos e palavras que “são só aparências”. Esseghaier não contou com advogado para a audiência, e nesse caso não houve exigência de sigilo.

O promotor Richard Roy disse que o acusado deve ser novamente levado a Toronto ainda na Terça-feira, para se apresentar a um tribunal de lá.

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