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Sul de Moçambique em risco de desertificação

Imagens tiradas em Moçambique por satélite indicam que a parte interior do Sul do país corre sérios riscos de desertificação no futuro.

Essas imagens foram tiradas no âmbito do projecto Desert Watch sobre a sustentabilidade de desertificação em Moçambique, Brasil e Portugal, que é implementado pela Agência Espacial Europeia (AEE), no âmbito da Convenção das Nações Unidas para o Combate a Desertificação (UNCCD).

“As conclusões iniciais são de que existe uma probabilidade de desertificação no Sul interior no futuro e que existe informação de degradação da terra no interior Norte e no Norte de Moçambique, isso em relação ao passado”, disse Nuno Duro, da Critical Software, empresa gestora do projecto Desert Watch.

Falando, Quarta-feira, durante um seminário sobre as vantagens económicas das tecnologias de observação da terra, Duro apresentou mapas em que se aponta a província de Gaza (Sul do país) e determinadas áreas da província de Tete como sendo os locais com maiores probabilidades de desertificação no futuro.

Segundo a fonte, esta pesquisa considerou os indicadores relacionados com a informação histórica e meteorológica, índices de solo, índices de vegetação, cartas de ocupação e uso de solo.

As análises das regiões foram realizadas usando a ferramenta do projecto Desert Watch e com base nas imagens do ENVISAT MERIS, um satélite de observação da terra.

Contudo, esta pesquisa ainda carece da validação do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA), devendo depois seguir a sua apresentação.

Espera-se que com este estudo o Governo possa identificar possíveis medidas a tomar para combater o fenómeno da desertificação, tendo em conta a informação disponível.

Refira-se que ao organizar o seminário de Quarta-feira, a Critical Software, uma empresa portuguesa que opera em Moçambique há já 10 anos, pretendia divulgar as vantagens das tecnologias de observação da terra em diversos sectores de actividade em Moçambique.

“A Critical Software Moçambique desenvolve sistemas críticos de negócios, telecomunicações, energia, e indústrias, bem como militares como a aeronáutica e defesa. Nós desenvolvemos tecnologias de duplo uso (militar e civil)”, explicou Rui Melo, administrador executivo da empresa.

“Por exemplo, trazemos capacidade de observação da terra a partir do espaço e explicamos a importância destas tecnologias em relação as técnicas manuais, tendo em conta a dimensão do solo moçambicano”, acrescentou.

Durante o seminário, a Critical Software falou das vantagens de uso de tecnologias de observação da terra em diversas áreas, como na gestão de bacias hidrográficas, florestas, bem como na agricultura, planeamento urbano, controlo DE desertificação, erosão, entre outras.

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