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Sul-africanos pedem renúncia do presidente depois da denúncia de corrupção

Milhares de sul-africanos manifestaram-se na Internet, este sábado (30), pedindo a renúncia do presidente Jacob Zuma, depois de um jornal revelar documento do governo detalhando o uso de recursos públicos para reformas luxuosas na sua casa particular.

Sexta-feira, o semanário The Mail and Guardian afirmou que um relatório provisório do maior organismo anti-corrupção da África do Sul aponta que Zuma obteve um ganho pessoal “substancial” numa “actualização de segurança” de 21 milhões de dólares numa sua residência, incluindo uma piscina e um curral para gado.

O documento divulgado pelo protector público, Thuli Madonsela, intitulado “Opulência em Grande Escala”, recomenda que Zuma devolva parte dos fundos das melhorias do seu complexo em Nkandla, nas colinas da província de KwaZulu-Natal.

O relato da investigação de Madonsela despertou revolta nas mídias sociais, e o proeminente activista Zackie Achmat criou uma petição on-line pela saída de Zuma que angariou 8.200 apoiantes pouco mais de 24 horas depois da divulgação da notícia.

A reportagem provavelmente irá reforçar a percepção de corrupção generalizada no governo Zuma e pode prejudicá-lo, e ao seu governista Congresso Nacional Africano (ANC na sigla em inglês), na eleição marcada para daqui a seis meses. O porta-voz de Zuma recusou-se a comentar, e o escritório de Madonsela disse que a divulgação foi “anti-ético e ilegal”. O ANC disse acreditar que Zuma não fez nada errado.

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