O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral ( STAE) ainda não possui nenhuma estratégia para o recenseamento de cidadãos que se encontram em zonas onde se registam conflitos armados entre os guerrilheiros da Renamo e as forças governamentais e nem a Comissão Nacional de Eleições (CNE) deliberou sobre a matéria. O processo inicia no próximo dia 30 de Janeiro e deverá terminar a 14 de Abril.
O porta-voz do STAE, Lucas José, disse ao @Verdade que a CNE irá nos próximos dias “avaliar as condições de cada local, se há ou não condições de segurança”, pois este é um assunto que preocupa aquele órgão.
Relativamente ao nível de preparação para as eleições que se avizinham, o também director do Gabinete de Imprensa do STAE disse que serão formadas 4.150 brigadas de recenseamento eleitoral, nos quais irão trabalhar 12.0828 brigadistas contratados.
Neste momento, informou, decorre desde segunda-feira (13) a formação dos formadores provinciais destes brigadistas em paralelo com outra formação de formadores provinciais para os agentes de educação cívica, que irão divulgar a informação sobre o recenseamento eleitoral. “Estes formadores irão formar os brigadistas que estarão nas brigadas eleitorais”, enfatizou.
Lucas José assegurou também estar disponível todo o equipamento, vindo da China aquando das eleições autárquicas e que neste momento prevê-se a chegada do material adicional uma vez que o processo irá decorrer em todo o país, e não apenas nas autarquias. A fonte informou que o STAE prevê recensear mais de seis milhões de eleitores.
O recenseamento eleitoral de raiz vai ter lugar no dia 30 de Janeiro a 14 de Abril, com duração de 70 dias, e tem como objectivo registar todos os moçambicanos com idade igual ou superior a 18 anos, sendo nas zonas autárquicas irá abranger aqueles que não se tenham recenseado no ano passado ou com cartões danificados ou perdidos.
