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STAE regista 500 mil novos eleitorais

Na Reunião Nacional do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), realizada entre 24 e 26 de Agosto, em Namaacha, Filisberto Naife, director-geral do STAE, disse que, apesar dos constrangimentos registados no processo de actualização do recenseamento elitoral, ultrapassaram-se as metas previstas tanto no país com na diáspora ao se registar um universo de 509 mil novos elitores contra 483 mil previstos pelo STAE e um total de 55 mil eleitores na diáspora contra 50 mil previstos.

Com a excepção de Nampula, todas as províncias reivindicam ter ultrapassado as metas dos numeros previstos do recenseamento. Esta reivindicação é problemática e tem problemas de transparência: os problemas de transparência se prendem com o facto de o STAE não ter apresentado a base estatistica para o estabelecimento das metas a recensear por distrito e província, incluindo a diáspora. A reivindicação de se ter ultrapassado as metas é problematica pelo conjunto de problemas que se registaram ao longo da actualização eleitoral que, em parte, foram reconhecidos pelo STAE.

Com efeito, os relatórios de balanço apresentados pelos directores provinciais do STAE reconheceram que o processo foi marcado por constrangimentos de varia ordem, tais como: chegada tardia do material de recenseamento eleitoral, insuficência de agentes de Educação Cívica, coincidência do calendário eleitoral com o do ano lectivo, avarias constantes do material informático, duplicação de registo de eleitores, etc.

Ao longo do processo, a impresa independente e sociedade civil tinham identificado e amplamente denunciados problemas, tais como formação deficitária dos brigadistas, falta de combustivel liquido, avarias sistemáticas de geradores, longas distâncias entre as zonas residenciais e postos de recenseamento, postos de recenseamento que abriram faltando 5 dias para o fim da actualização (exemplo: em, Manica, Gôndola, os postos de recenseamento não tinham começado com as operações de recenseamento até o dia 24 de Julho nas localidades de Muda-Serração, Chinete, Matsinhe e Pungu-sul); postos que não chegaram a abrir em todo o processo de actualização (exemplo: em Cabo Delgado, Muidumbe, os postos das aldeias de Matambalale, Lyantua, Lutete, Saba-Saba, Litapata); postos de recenseamento que, ao longo do processo, funcionaram com paragens frequentes por terem esgotado o material (sacos plasticos) e por avarias das impressoras.

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