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Sofala/ saude: estudantes detidos por roubo de farmacos

Pelo menos dois jovens estagiários do curso de Enfermagem Geral estão a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM) acusados de roubo de medicamentos no Hospital Rural do distrito de Nhamatanda, província de Sofala, Centro do país. Trata-se de Bessoace Tauro e Lércio Alex, ambos de 22 anos de idade, igualmente indiciados de tratar doentes na sua residência.

O desvio de fármacos para fins ilícitos protagonizado pelos jovens estagiários já era do domínio público em Nhamatanda, o que acabaria por despertar as autoridades sanitárias locais. Com efeito, no Domingo da semana passada, uma equipa de Saúde dirigiu-se à residência dos visados, tendoos surpreendido em flagrante a tratar pacientes.

Na operação de vasculha, a equipa da Saúde encontrou quantidades enormes de medicamentos escondidos num saco, em condições de conservação não recomendáveis. Entre os medicamentos encontrados constam, entre outros, 100 frascos de ‘Canamicina’ e 11 de ‘Ampicilina’, ambos antibióticos. Além disso, foram descobertas muitas quantidades de fármacos usados para evitar a gravidez, como é o caso do ‘Depo Provera injectável’, o que faz crer que os indiciados facilitavam abortos a muitas jovens.

O assunto chegou a causar preocupação no seio de algumas correntes da sociedade, sobretudo as religiosas, que condenam actos do género. Aliás, este foi um dos motivos que fez com que a comunidade circunvizinha fizesse uma denúncia às autoridades sanitárias. Num primeiro pronunciamento sobre o caso, o Médico-chefe provincial de Sofala, Isaías Ramiro, disse que, além de responder criminalmente, os jovens não poderão continuar com os seus estudos, neste caso, no Centro de Formação de Saúde de Chimoio, na província de Manica, também no Centro de Moçambique, nem num outro estabelecimento de ensino do ramo no país. “Estes jovens estão proibidos de trabalhar na Saúde. Aliás, nem podem continuar com a sua formação. Este é o primeiro caso de estagiários que se envolvem em roubos de medicamentos que registamos aqui em Sofala”, disse Ramiro, citado pelo “Noticias”.

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