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Socialistas vencem eleições em Portugal

Socialistas vencem eleições em Portugal

O Partido Socialista, do primeiro-ministro José Socrates, venceu as eleições legislativas deste domingo em Portugal, com 36,56% dos votos, segundo resultados oficiais quase definitivos. Dos 230 deputados do Parlamento, faltam decidir apenas as quatro cadeiras do estrangeiro, cujo resultado sairá apenas em 7 de outubro.

Entre os 226 deputados eleitos hoje, o Partido Socialista fez 96, contra 78 (29,09%) do Partido Social Democrata (PSD), principal grupo de oposição, de centro direita. A direita populista do Centro Democrático e Social (CDS-PP) se afirmou como terceira força política do país, com 21 deputados (10,46%). O restante da esquerda somou 31 deputados: o Bloco de Esquerda (extrema esquerda) obteve 16 cadeiras (9,85%), e a Coalizão Demócratica e Unitária (CDU) e os Verdes somaram 15 cadeiras (7,88%).

Tradicionalmente, as quatro cadeiras dos deputados do estrangeiro são divididas entre os socialistas e o PSD. A abstenção foi em torno de 40%, um recorde absoluto em eleições legislativas em Portugal desde a volta da democracia, em 1974.

“O PS obteve uma vitória clara e contundente em condições difíceis”, comemorou o ministro do Trabalho, José Vieira da Silva, na primeira reação oficial dos socialistas. Em fevereiro de 2005, o PS foi eleito com a maioria absoluta de 121 cadeiras, mas após quatro anos de mandato caiu amplamente nas eleições europeias de junho.

Comunistas e Verdes descartam participar de um governo dirigido por José Sócrates, símbolo para eles da tendência liberal do Partido Socialista. O mau resultado do PSD, de Manuela Ferreira Leite, um dos piores da história do partido, beneficiou claramente a direita populista do Centro Democrata e Social. Desde sua derrota nas eleições europeias, quando o PS conquistou apenas 26,7% dos votos, José Sócrates direcionou seu discurso para a esquerda, em busca dos eleitores decepcionados.

Acusado de “arrogância” e “autoritarismo”, tratou de moderar sua imagem, admitindo os erros na gestão de alguns assuntos, como a reforma da educação, que provocou a ira dos professores. José Sócrates baseou sua campanha nas reformas estruturais e no rigor orçamentário, afirmando que fez o possível para “modernizar” Portugal e “resistir melhor à crise”. Criticado por seu trabalho social, Sócrates prometeu ainda fazer do emprego sua prioridade, no momento em que o país tem mais de 500 mil desempregados.

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